Setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 104,096 bilhões no mês.
14 de Março de 2025 às 18h28

Dívida pública bruta do Brasil cai para 75,3% do PIB em janeiro, aponta BC

Setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 104,096 bilhões no mês.

A dívida pública bruta do Brasil apresentou uma queda inesperada em janeiro, alcançando 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central. Em dezembro, esse índice estava em 76,1% do PIB.

O resultado positivo foi impulsionado por um superávit primário de R$ 104,096 bilhões, superando a expectativa de economistas que projetavam um saldo positivo de R$ 102,135 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.

O desempenho do setor público consolidado reflete um resultado positivo do governo central de R$ 83,150 bilhões. Por outro lado, Estados e municípios registraram um superávit primário de R$ 21,952 bilhões, enquanto as estatais apresentaram um déficit de R$ 1,006 bilhão.

A dívida líquida do setor público não financeiro também teve redução, passando de 61,2% do PIB em dezembro para 60,8% em janeiro, totalizando R$ 7,221 trilhões.

As variações na dívida bruta foram influenciadas por diversos fatores. O Banco Central apontou que a queda foi impactada por um efeito baixista de 0,8 ponto percentual devido às emissões líquidas da dívida, além de um impacto altista de 0,8 ponto percentual dos juros nominais.

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Além disso, a apreciação cambial contribuiu com um efeito baixista de 0,3 ponto, enquanto a alta nominal do PIB teve um efeito de 0,5 ponto na diminuição da dívida.

O Banco Central também destacou que o pico da série histórica da dívida bruta foi registrado em dezembro de 2020, quando atingiu 87,6% do PIB, em decorrência das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19.

A dívida bruta do governo geral, que inclui o governo federal, estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais, é um dos principais indicadores utilizados pelas agências de classificação de risco para avaliar a solvência do país.

Com a redução da dívida, o Brasil busca melhorar sua imagem financeira no cenário internacional, especialmente em um momento em que as agências de classificação de risco estão atentas à capacidade de pagamento do país.

Os dados apresentados pelo Banco Central são um sinal positivo para a economia brasileira, que enfrenta desafios em meio a um ambiente global incerto e a necessidade de recuperação após a pandemia.

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