
Premiê britânico afirma que Putin terá que negociar com a Ucrânia em breve
Keir Starmer convocou líderes internacionais para discutir a paz na Ucrânia e pressionar a Rússia por um cessar-fogo
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, terá que “sentar à mesa” e iniciar discussões sérias sobre a paz na Ucrânia, após uma cúpula virtual realizada neste sábado (15). O encontro contou com a participação de 25 líderes internacionais, incluindo representantes da OTAN, da União Europeia, do Canadá e da Austrália, com o objetivo de fortalecer a posição da Ucrânia e garantir um cessar-fogo duradouro.
Durante a reunião, Starmer destacou a importância de pressionar Putin a aceitar um cessar-fogo, afirmando que “se [Putin] realmente quer a paz, é muito simples: ele deve parar seus ataques bárbaros contra a Ucrânia e aceitar um cessar-fogo”. O premiê britânico enfatizou que o presidente russo não terá alternativa a não ser participar das negociações “cedo ou tarde”.
Starmer também expressou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou, afirmando que, se Putin não assinar o acordo proposto, os países presentes devem intensificar as sanções econômicas contra a Rússia. “Devemos fazer todo o possível para aumentar a pressão econômica sobre a Rússia para que acabe com esta guerra”, disse.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que também participou da cúpula, anunciou a formação de uma delegação com o objetivo de negociar uma “paz justa” com a Rússia. Zelensky afirmou que a Ucrânia está disposta a um cessar-fogo incondicional de 30 dias, mas ressaltou que “Putin é quem tenta adiá” as negociações.


Além disso, o presidente francês, Emmanuel Macron, que participou da reunião, pediu que a pressão sobre Moscou fosse “clara” e que a Rússia demonstrasse disposição para apoiar um cessar-fogo que leve a uma paz justa e duradoura. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também reiterou a necessidade de um compromisso da Rússia em relação ao cessar-fogo.
Enquanto os esforços diplomáticos avançam, os combates na Ucrânia continuam. A Rússia anunciou a conquista de duas localidades na região de Kursk, onde iniciou uma ofensiva. Zelensky negou que suas tropas estejam cercadas e afirmou que elas continuam a resistir aos ataques russos.
Com o aumento das tensões, a cúpula virtual foi uma tentativa de coordenar esforços entre os países aliados para apoiar a Ucrânia. Starmer e Macron expressaram a disposição de enviar tropas britânicas e francesas para o país, embora não esteja claro se outros países estão dispostos a fazer o mesmo.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou estar “cautelosamente otimista” sobre a possibilidade de um cessar-fogo, mas reconheceu que ainda há “muito trabalho por fazer”. A situação na Ucrânia continua a ser monitorada de perto, enquanto os líderes internacionais buscam soluções para o conflito que já dura mais de três anos.
O encontro deste sábado foi a segunda reunião em duas semanas, refletindo a urgência da situação e a necessidade de uma resposta coordenada à agressão russa. A comunidade internacional permanece atenta aos desdobramentos da guerra e às possíveis negociações de paz.
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