Reino Unido informa que 'número significativo' de países pode enviar tropas à Ucrânia
Um 'número significativo' de nações está disposto a contribuir com tropas de paz na Ucrânia, segundo o governo britânico.
LONDRES - O governo britânico anunciou, nesta segunda-feira (17), que um "número significativo" de países está preparado para fornecer tropas de manutenção da paz na Ucrânia, caso um acordo de paz com a Rússia seja alcançado. A declaração foi feita por um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
De acordo com o porta-voz, mais de 30 nações estão previstas para participar da chamada "coalizão dos dispostos", que visa apoiar a Ucrânia em um eventual cessar-fogo. "As capacidades de contribuição variarão, mas será uma força significativa, com um número considerável de países enviando tropas", afirmou.
A iniciativa do Reino Unido e da França de formar esta coalizão surge após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter iniciado diálogos diretos com a Rússia, buscando um fim para o conflito na região.
Starmer destacou que as discussões sobre a participação dos países estão em andamento e que haverá diferentes formas de contribuição, além do envio de tropas, como apoio logístico e de vigilância.
O primeiro-ministro britânico e o presidente francês, Emmanuel Macron, têm liderado os esforços para garantir a segurança da Ucrânia e dissuadir o presidente russo, Vladimir Putin, de desrespeitar qualquer acordo de cessar-fogo.
Na última videoconferência, realizada no fim de semana, Starmer se reuniu com 26 líderes e chefes da União Europeia e da Otan para discutir o plano, que agora avança para uma "fase operacional".
Os responsáveis militares das nações participantes se encontrarão no Reino Unido na próxima quinta-feira para continuar as discussões sobre a implementação da coalizão.
O porta-voz de Starmer também comentou sobre as declarações russas que se opõem à presença de tropas europeias na Ucrânia, lembrando que "a Rússia não consultou a Ucrânia quando enviou tropas norte-coreanas para a linha de frente no ano passado".
O governo britânico aguarda com expectativa qualquer oferta de apoio à coalizão, reiterando que a participação de diferentes países é essencial para o sucesso da missão.
A Rússia, por sua vez, tem se manifestado contra a ideia de tropas de países da Otan sendo estacionadas na Ucrânia, complicando ainda mais a situação no cenário internacional.
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