
Dólar fecha a R$ 5,68, menor valor em quatro meses, impulsionado por estímulos da China
Expectativa de alta na Selic e dados econômicos positivos ajudam a valorizar o real frente ao dólar.
O dólar comercial encerrou a segunda-feira (17) cotado a R$ 5,68, marcando o menor valor desde novembro de 2024. A moeda americana apresentou uma queda de 0,99%, refletindo as expectativas do mercado em relação às reuniões de política monetária e estímulos econômicos na China.
Durante o dia, a cotação do dólar variou entre R$ 5,67 e R$ 5,74, com investidores atentos às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. A expectativa é que a Selic, taxa básica de juros brasileira, suba de 13,25% para 14,25% ao ano na próxima reunião, marcada para quarta-feira (19).
Além disso, dados recentes sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil mostraram um crescimento de 0,9% em janeiro, superando as previsões do mercado. Este desempenho econômico positivo contribui para a valorização do real, atraindo novos investimentos.
Os estímulos econômicos anunciados pela China também desempenham um papel crucial na valorização do real. O país asiático, que é o maior consumidor de commodities, divulgou dados que indicam um crescimento de 5,9% na produção industrial e um aumento de 4% nas vendas no varejo, sinalizando uma recuperação econômica que beneficia o Brasil.


Os agentes financeiros estão otimistas com a possibilidade de um diferencial de juros mais elevado entre Brasil e Estados Unidos, o que pode atrair ainda mais investimentos estrangeiros. O cenário interno, aliado às medidas de estímulo da China, cria um ambiente favorável para a valorização da moeda brasileira.
A bolsa de valores brasileira também teve um desempenho positivo, com o índice Ibovespa subindo 1,46%, alcançando o maior nível desde o final de outubro. Esse aumento é impulsionado pelo bom desempenho das ações de setores como petróleo, mineração e bancos.
O aumento no preço do petróleo no mercado internacional, que voltou a ultrapassar os US$ 70 por barril, também favorece os mercados emergentes, incluindo o Brasil. A expectativa de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia é vista com otimismo pelos investidores globais.
Com a expectativa de uma nova alta na Selic e dados econômicos positivos, o mercado financeiro brasileiro se mostra otimista, refletindo um cenário de recuperação e estabilidade no câmbio.
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