Incidente ocorreu em Laranja da Terra e gerou preocupação com a saúde dos estudantes
19 de Março de 2025 às 14h07

Professor é demitido após usar a mesma agulha em 44 alunos em experimento no ES

Incidente ocorreu em Laranja da Terra e gerou preocupação com a saúde dos estudantes

Um professor de química foi demitido de uma escola estadual em Laranja da Terra, no Espírito Santo, após utilizar a mesma agulha para coletar sangue de 44 alunos durante uma aula na última sexta-feira (14). O incidente ocorreu durante um experimento de tipagem sanguínea e expôs os estudantes a riscos de contaminação por doenças transmissíveis.

Os alunos, com idades entre 16 e 17 anos, estavam aprendendo sobre tipagem sanguínea quando o docente, em uma prática considerada inadequada, usou uma única seringa para coletar amostras de sangue de todos os participantes. A única medida de higiene adotada foi a aplicação de álcool nas mãos dos alunos, o que levantou preocupações sobre a segurança do procedimento.

Após a denúncia do ocorrido, a Polícia Militar foi acionada. A Secretaria da Educação do Espírito Santo informou que a atividade foi realizada sem autorização ou conhecimento da coordenação pedagógica da escola, o que agravou a situação.

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Os estudantes foram encaminhados para um hospital, onde realizaram testes para hepatites B e C, além de outras doenças. Os exames iniciais não indicaram infecções, mas o acompanhamento médico continua sendo realizado pela prefeitura local.

O prefeito de Laranja da Terra, Joadir Lourenço, do PSDB, declarou que a prefeitura está prestando assistência de saúde aos alunos afetados. “Estamos realizando o acompanhamento. Eles fizeram o exame rápido, que não deu nada por enquanto, tudo pela Secretaria Municipal de Saúde”, afirmou Lourenço.

O professor, que não foi localizado após o incidente, deixou a escola antes da chegada dos pais dos alunos, que demonstraram preocupação com a saúde de seus filhos. A Polícia Civil também está investigando o caso, buscando esclarecer todos os detalhes do ocorrido.

Esse episódio levanta questões sobre a segurança e a ética em práticas educacionais, especialmente em atividades que envolvem procedimentos médicos. A comunidade escolar e os pais dos alunos esperam por respostas e garantias de que situações como essa não se repitam no futuro.

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