Carl Erik Rinsch, cineasta americano, é acusado de desviar recursos destinados a série para gastos pessoais luxuosos.
19 de Março de 2025 às 13h42

Diretor de Hollywood é preso por suposta fraude de US$ 11 milhões na Netflix

Carl Erik Rinsch, cineasta americano, é acusado de desviar recursos destinados a série para gastos pessoais luxuosos.

O cineasta Carl Erik Rinsch, conhecido por seu trabalho no filme 47 Ronin, foi preso na última terça-feira, 18, em West Hollywood, Califórnia, sob a acusação de ter fraudado a Netflix em aproximadamente 11 milhões de dólares. Segundo informações da agência de notícias AP, Rinsch teria captado esse valor para a produção de uma série de ficção científica que nunca foi finalizada, utilizando os recursos para investimentos em criptomoedas e compras de itens de luxo, como uma frota de Rolls-Royces e uma Ferrari.

As autoridades alegam que, inicialmente, a Netflix pagou a Rinsch cerca de 44 milhões de dólares para a produção do programa intitulado White Horse. Posteriormente, o diretor solicitou um adicional de 11 milhões de dólares para concluir a série. No entanto, em vez de finalizar o projeto, ele teria transferido o valor para uma conta pessoal, perdendo metade do montante em investimentos malsucedidos dentro de dois meses.

De acordo com a promotoria, Rinsch ainda teria aplicado o restante do dinheiro no mercado de criptomoedas, transferindo os lucros para sua conta bancária pessoal. A acusação afirma que o cineasta gastou cerca de 10 milhões de dólares em despesas pessoais e itens de luxo, além de 1 milhão de dólares em honorários advocatícios para processar a Netflix em busca de mais dinheiro.

O cineasta, que tem 47 anos, compareceu a uma audiência inicial no tribunal, onde, ao ser questionado se havia lido as acusações contra ele, respondeu que “não de capa a capa”, mas afirmou entender as alegações. Ele foi liberado após o pagamento de uma fiança de 100 mil dólares.

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A advogada recém-nomeada de Rinsch não comentou o caso, mas durante a audiência afirmou que ainda não tinha tido acesso às evidências apresentadas pela promotoria. O diretor foi visto no tribunal usando um suéter de gola alta e jeans, com algemas nas mãos e tornozelos.

As acusações contra Rinsch incluem fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, em um esquema que, segundo os promotores, teria prejudicado a gigante do streaming. A série prometida, que custou 55 milhões de dólares, nunca chegou a ser exibida.

As investigações revelaram que, após receber o montante adicional, Rinsch fez gastos exorbitantes, incluindo 3,8 milhões de dólares em móveis, 2,4 milhões de dólares em cinco Rolls-Royces e uma Ferrari, e 652 mil dólares em roupas e acessórios. Ele também teria investido em itens que não eram necessários para a produção do programa.

As autoridades estão aguardando a definição da data do julgamento, que ainda não foi marcada. A situação de Rinsch levanta questões sobre a responsabilidade e a supervisão financeira em projetos de grande escala na indústria do entretenimento.

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