
Cristina Kirchner e ex-ministro da Argentina proibidos de entrar nos EUA por corrupção
Decisão do governo americano atinge também familiares da ex-presidente e do ex-ministro Julio De Vido
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (21) a proibição de entrada em seu território da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e do ex-ministro do Planejamento, Julio Miguel De Vido. A medida foi justificada pelo que o governo americano classificou como “envolvimento em corrupção significativa”.
O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, divulgou um comunicado informando que a decisão não se limita apenas a Kirchner e De Vido, mas também se estende a familiares imediatos deles, que estão inelegíveis para entrar nos Estados Unidos.
Rubio destacou que ambos “abusaram de suas posições ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de múltiplos esquemas de suborno relacionados a contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino”. Essa declaração foi feita em um comunicado oficial publicado no site da Embaixada dos EUA em Buenos Aires.
A ex-presidente Cristina Kirchner, que ocupou o cargo de 2007 a 2015, já havia sido condenada a seis anos de prisão por corrupção em 2022, embora tenha recorrido da decisão à Suprema Corte da Argentina. Kirchner é uma figura central do peronismo e, após a morte de seu marido, Néstor Kirchner, tornou-se uma das líderes mais influentes da política argentina.


Julio Miguel De Vido, que foi ministro do Planejamento durante os governos Kirchner, também enfrenta acusações de corrupção e foi condenado em várias instâncias. A decisão do governo americano reflete um esforço contínuo para responsabilizar aqueles que abusam do poder público para ganho pessoal, conforme afirmado por Rubio.
O atual presidente da Argentina, Javier Milei, é um adversário político de Kirchner e tem laços próximos com a administração Trump. A relação entre os dois países tem sido marcada por tensões políticas e econômicas, especialmente em relação a questões de corrupção e governança.
A proibição de entrada nos EUA é vista como um desdobramento das investigações que envolvem tanto Kirchner quanto De Vido, que enfrentam processos judiciais por corrupção em seu país. A medida também é interpretada como um sinal do compromisso dos Estados Unidos em combater a corrupção em nível global, especialmente entre líderes políticos.
As acusações contra Kirchner e De Vido incluem a manipulação de contratos de obras públicas que resultaram em desvio de verbas e fraudes que teriam causado prejuízos significativos ao erário argentino. A situação continua a gerar repercussões na política argentina e na relação do país com os Estados Unidos.
As investigações sobre corrupção na Argentina têm sido um tema recorrente nos últimos anos, com várias figuras políticas enfrentando processos e condenações. A decisão dos EUA de sancionar Kirchner e De Vido pode influenciar a percepção pública sobre a corrupção no país e suas implicações para o futuro político da Argentina.
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