Débora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, ficou detida por três dias; erro foi corrigido pela Justiça.
19 de Março de 2025 às 12h32

Mulher é presa por engano ao denunciar marido por agressão em Petrópolis, RJ

Débora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, ficou detida por três dias; erro foi corrigido pela Justiça.

Uma mulher foi presa por engano ao buscar proteção contra seu marido em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Débora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, procurou a delegacia no último domingo (16) para denunciar agressões, mas acabou detida após ser confundida com uma foragida da Justiça de Minas Gerais.

O erro foi identificado apenas três dias depois, durante a audiência de custódia. A verdadeira procurada, que possuía um nome semelhante, tinha um sobrenome a menos e era oito anos mais jovem. Além disso, ela era natural de Belo Horizonte, cidade que Débora nunca visitou.

A Justiça mineira reconheceu o equívoco e expediu uma certidão corrigindo o mandado, resultando na soltura de Débora na terça-feira (18). A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que apenas cumpriu o mandado disponível no sistema e que as investigações sobre a agressão sofrida pela mulher continuam em andamento.

O caso evidencia a necessidade de um processo mais rigoroso na verificação de mandados de prisão, para evitar injustiças semelhantes. Débora relatou que os dias que passou detida foram de grande sofrimento.

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Segundo informações da Polícia Civil, a confusão ocorreu devido à similaridade dos nomes e à falta de uma verificação mais detalhada. O mandado de prisão contra Débora Cristina da Silva Damasceno foi expedido em julho de 2024, mas deveria ter sido direcionado a outra mulher.

Na audiência, o juiz Alex Quaresma Ravache determinou a liberação de Débora e acionou a Justiça mineira, que emitiu a certidão reconhecendo o erro. Por questões burocráticas, a mulher só foi solta na noite de terça-feira.

Em relação à denúncia de agressão feita por Débora antes de ser presa, a Polícia Civil informou que a investigação segue em andamento e que medidas protetivas foram solicitadas em favor da vítima.

O incidente levanta preocupações sobre a eficácia dos sistemas de justiça e a importância de um acompanhamento mais cuidadoso de casos que envolvem violência doméstica.

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