
Campanha de vacinação contra influenza inicia em 7 de abril com meta de 90%
Ministério da Saúde distribui vacinas e busca imunizar grupos prioritários contra a gripe.
O Ministério da Saúde confirmou que a campanha nacional de vacinação contra a influenza terá início no dia 7 de abril. A distribuição das vacinas começará hoje, com a meta de imunizar 90% da população pertencente aos grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, profissionais de saúde e professores.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a chegada das primeiras 5 milhões de doses do imunizante, produzido pelo Instituto Butantan. A previsão é que, até o final de março, mais 35 milhões de doses sejam entregues aos estados, com um total de 67 milhões previstas para abril.
Padilha ressaltou que, embora a vacinação comece oficialmente no dia 7, estados e municípios poderão iniciar a imunização antes, dependendo da disponibilidade das doses. No Distrito Federal, por exemplo, a vacinação está programada para começar na próxima terça-feira, dia 26.
“A meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 90% de cobertura vacinal para os grupos prioritários. Vamos perseguir isso”, afirmou o ministro durante coletiva de imprensa.
Além disso, Padilha anunciou que, a partir de 2025, a vacina contra a influenza estará disponível nas unidades básicas de saúde durante todo o ano, visando aumentar a cobertura vacinal e garantir que mais pessoas tenham acesso ao imunizante.


O Ministério da Saúde também planeja retomar os dias D de vacinação, com uma data a ser definida em maio, durante uma reunião da comissão intergestores tripartite. Esses dias são importantes para mobilizar a população e incentivar a vacinação.
O ministro também abordou a preocupação com a baixa adesão ao programa de vacinação nos anos anteriores. Em 2022, apenas 55,1% da população procurou os postos de saúde para se vacinar. Em 2023, a adesão foi de 60%, ainda abaixo da meta desejada.
Padilha destacou que dois fatores principais contribuem para essa baixa adesão: a falta de informação sobre os riscos da influenza e a falta de conhecimento sobre a eficácia da vacina. Em 2022, foram registrados 10.494 óbitos por síndrome aguda respiratória grave no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
A OMS estima que a cada ano, cerca de 1 bilhão de casos de influenza sejam registrados no mundo, com 3 a 5 milhões de casos graves. Essa realidade reforça a importância da vacinação, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
As vacinas disponíveis no Brasil são inativadas, ou seja, feitas a partir de vírus mortos, e não têm capacidade de causar a doença. Há dois tipos de vacinas: as trivalentes, que protegem contra três tipos de vírus, e as quadrivalentes, que oferecem proteção contra quatro tipos, sendo estas últimas disponíveis na rede privada.
A vacinação é especialmente recomendada para gestantes, puérperas, idosos e pessoas com doenças crônicas, que estão mais propensas a desenvolver formas graves da doença. O Ministério da Saúde também informa que a vacina de covid-19 pode ser administrada simultaneamente com a vacina contra a influenza, sem interferências.
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