Paciente em crise de abstinência tomou enfermeira como refém, mas foi contido após quatro horas de diálogo com a polícia.
24 de Março de 2025 às 11h05

Homem faz enfermeira refém em UPA de Curitiba e é contido após negociações

Paciente em crise de abstinência tomou enfermeira como refém, mas foi contido após quatro horas de diálogo com a polícia.

Um homem de 39 anos, que se encontrava em situação de rua, fez uma enfermeira refém na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Vista, em Curitiba, na madrugada desta segunda-feira (24). O incidente, que teve início no domingo (23) à noite, mobilizou equipes da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e durou cerca de quatro horas.

De acordo com informações da PMPR, o homem havia dado entrada na UPA por volta das 18h, apresentando dores no peito e em crise de abstinência de substâncias entorpecentes. Após receber atendimento inicial, ele adormeceu na sala de triagem, mas ao acordar, por volta das 20h, começou a agir de forma agressiva, tomando a enfermeira, uma mulher de 65 anos, como refém.

A situação gerou uma rápida mobilização policial, que isolou a área da UPA e bloqueou a rua em frente ao local para facilitar as negociações. Durante esse período, o homem liberou a enfermeira, mas continuou a ameaçar sua própria vida, utilizando um garfo como arma.

A tenente Félix, da PMPR, relatou que o homem estava em um estado de alucinação e acreditava que estava sendo perseguido. “Ele tinha alucinações, imaginando que alguém queria matá-lo. Após um tempo, ele liberou a enfermeira, mas continuou a ameaçar se ferir”, explicou a oficial.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

As negociações com o homem foram complexas. Ele expressou o desejo de que sua família soubesse do que estava acontecendo e chegou a causar ferimentos em seu próprio pescoço durante a crise. A polícia manteve o diálogo, buscando evitar um desfecho trágico.

“A intenção sempre foi que ele desistisse da ideia de se ferir. Ele relatou que queria ter um enterro digno, sem ser tratado como indigente”, complementou a tenente.

Após horas de negociação, a equipe policial conseguiu conter o homem sem que ele causasse danos a si mesmo ou a outros. Ele foi medicado e, conforme as orientações médicas, será encaminhado para uma avaliação psiquiátrica e possível internamento.

O caso destaca a importância de um atendimento especializado em situações de crise, especialmente envolvendo pessoas em vulnerabilidade social e dependência química. A atuação rápida e eficaz da Polícia Militar foi fundamental para garantir a segurança de todos os envolvidos.

Veja também:

Tópicos: