
Cain Velasquez, ex-campeão do UFC, é condenado a cinco anos de prisão nos EUA
O lutador foi sentenciado por um tiroteio em 2022, após perseguir homem acusado de abusar de seu filho.
O ex-campeão dos pesos pesados do UFC, Cain Velasquez, foi condenado a cinco anos de prisão por um tiroteio ocorrido em 2022. A sentença foi proferida na última segunda-feira, 24, pelo juiz Arthur Bocanegra, no condado de Santa Clara, na Califórnia. Velasquez se declarou não contestar as acusações de tentativa de homicídio e agressão, além de outros crimes relacionados ao uso de arma de fogo.
Durante a audiência, a promotoria havia solicitado uma pena de até 30 anos, mas a defesa conseguiu reduzir a condenação para cinco anos, com a possibilidade de que o tempo já cumprido na prisão, cerca de 1283 dias, seja considerado como parte da pena. Isso pode resultar em menos de dois anos efetivos a serem cumpridos por Velasquez.
O incidente que levou à condenação ocorreu em fevereiro de 2022, quando Velasquez perseguiu um veículo que transportava Harry Goularte, um homem de 46 anos acusado de abusar sexualmente de seu filho. Durante a perseguição, Velasquez disparou várias vezes contra o carro, atingindo o padrasto de Goularte, que não sofreu ferimentos fatais.
Goularte havia sido preso anteriormente por suspeita de abuso de crianças em uma creche, mas foi liberado sob fiança pouco antes do ataque. A defesa de Velasquez argumentou que ele agiu em um momento de desespero, buscando justiça por conta própria em uma situação extremamente delicada.


O ex-lutador, que se tornou campeão do UFC em 2010 ao derrotar Brock Lesnar, enfrentou um longo processo judicial, com adiamentos frequentes. Durante esse período, recebeu apoio de diversos colegas do MMA e fez aparições em eventos de wrestling e treinamentos de lutadores.
A defesa de Velasquez, representada pela advogada Renee Hessling, considerou a sentença como um resultado amargo, pois esperavam evitar a prisão. “Ele demonstrou coragem e responsabilidade por suas ações”, afirmou Hessling em declaração.
Em uma entrevista ao podcast de seu ex-colega de time, Kyle Kingsbury, Velasquez reconheceu que sua abordagem não foi a correta: “Não podemos fazer justiça com nossas próprias mãos. Sei que o que fiz foi perigoso para muitas pessoas, não apenas para os envolvidos, mas também para inocentes”, disse.
O promotor Jeff Rosen comentou sobre o caso, enfatizando a gravidade da situação e a necessidade de respeitar a lei: “A decisão de um homem de tomar a lei em suas próprias mãos deixou um homem inocente ferido e colocou em risco crianças e professores em nossa comunidade”, declarou.
A data de início do cumprimento da pena ainda não foi definida, mas Velasquez já começou a se preparar para o que está por vir.
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