
Greve de 24 horas de funcionários da Petrobras é aprovada para próxima quarta-feira
Movimento reivindica direitos trabalhistas e critica gestão da presidente Magda Chambriard pela falta de diálogo.
Funcionários da Petrobras decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (24), realizar uma greve de 24 horas na próxima quarta-feira (26). A paralisação, classificada como uma medida de advertência, foi aprovada pela maioria dos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A greve tem como objetivo reivindicar direitos trabalhistas e estabelecer um diálogo com a gestão da empresa, que, segundo os trabalhadores, tem se mostrado distante e pouco receptiva às demandas da categoria. Entre os principais pontos de reivindicação estão a redução da carga de trabalho presencial, que passaria de dois para três dias por semana, e a recuperação de 31% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que foi cortada sem negociação prévia.
De acordo com a FUP, a Petrobras foi informada sobre a paralisação dentro do prazo legal. A federação destaca que a mobilização é uma tentativa de estabelecer uma negociação bilateral que atenda às necessidades dos trabalhadores. “A nossa luta é por melhores condições de trabalho e respeito aos direitos da categoria”, afirmou um representante da FUP.
A greve também surge em resposta a mudanças na dinâmica de trabalho que foram implementadas sem diálogo. Os funcionários expressam preocupação com a falta de transparência nas decisões da empresa, que, segundo eles, têm afetado diretamente suas condições de trabalho e a segurança no ambiente laboral.
Os petroleiros também exigem a abertura de novos concursos públicos para suprir a falta de efetivos e a convocação de aprovados em processos seletivos anteriores. Além disso, pedem a melhoria da fiscalização dos contratos de prestadores de serviços, com foco na segurança e saúde dos trabalhadores.


O movimento grevista critica a gestão da presidente Magda Chambriard, que, segundo a FUP, tem promovido uma “afronta aos fóruns de negociação coletiva”, dificultando o diálogo com os sindicatos. A categoria alega que a atual administração tem ignorado as principais reivindicações dos trabalhadores, o que tem gerado um clima de insatisfação e descontentamento.
Além das questões relacionadas ao teletrabalho e à PLR, os grevistas também destacam a necessidade de garantir a integridade física dos trabalhadores e a retomada das operações da unidade de fertilizantes da Petrobras no Paraná, que, segundo eles, deve ser feita com segurança adequada.
Os funcionários esperam que a greve de advertência sirva como um alerta para a gestão da Petrobras e que abra espaço para um diálogo mais produtivo e respeitoso. A expectativa é que a empresa reavalie suas decisões e busque uma solução que atenda às demandas dos trabalhadores.
A FUP já havia realizado reuniões com a Petrobras, mas as discussões não avançaram, levando à decisão de paralisar as atividades. O movimento grevista é visto como um passo importante na luta por direitos e melhores condições de trabalho para os petroleiros.
Os petroleiros estão mobilizados e prontos para intensificar suas ações, caso não haja uma resposta satisfatória da gestão da Petrobras. A categoria se mantém unida em busca de um futuro mais justo e digno para todos os trabalhadores da estatal.
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