A sessão está marcada para a próxima terça-feira, 25; medidas incluem apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF
21 de Março de 2025 às 08h48

STF reforça segurança para julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe

A sessão está marcada para a próxima terça-feira, 25; medidas incluem apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que irá implementar um esquema de segurança reforçado para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis acusados, previsto para a próxima terça-feira, 25. A sessão se refere à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O julgamento irá envolver membros do que foi denominado como “núcleo 1” da trama, que inclui, além de Bolsonaro, figuras como Walter Braga Netto, ex-ministro e general do Exército, e outros ex-integrantes do governo. O tribunal informou que a segurança será coordenada pela Secretaria de Policia Judicial, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Entre as medidas adotadas estão o aumento do controle de acesso ao tribunal, monitoramento das áreas adjacentes e a presença de equipes de pronta resposta para emergências. O STF destacou que o objetivo é garantir a segurança de todos os envolvidos, incluindo servidores, advogados e jornalistas.

Os denunciados são acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e danos qualificados ao patrimônio da União. O tribunal também enfatizou que a segurança será intensificada nas áreas próximas ao edifício.

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A Primeira Turma do STF, que será responsável pelo julgamento, é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A presença do relator, Moraes, na Primeira Turma é um fator importante, uma vez que as duas turmas do tribunal têm a responsabilidade de julgar ações penais.

O julgamento ocorre em um contexto de crescente tensão política no Brasil, após eventos que abalaram a confiança nas instituições democráticas. Em novembro do ano passado, o STF foi alvo de um atentado suicida, o que elevou a preocupação com a segurança durante eventos de grande relevância.

As medidas de segurança foram decididas com base em análises de risco, considerando o cenário atual e a importância do caso. O STF reafirmou seu compromisso em assegurar que o julgamento ocorra sem interferências externas, mantendo a integridade do processo judicial.

Além de Bolsonaro, os outros denunciados incluem figuras proeminentes, como o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. O tribunal se prepara para um julgamento que pode ter implicações significativas para o futuro político do país.

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