Corte se prepara para sessões que avaliarão denúncia da PGR contra ex-presidente e aliados por suposto plano de golpe
20 de Março de 2025 às 09h31

STF reforça segurança para julgamento de denúncia contra Jair Bolsonaro por golpe

Corte se prepara para sessões que avaliarão denúncia da PGR contra ex-presidente e aliados por suposto plano de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificará a segurança em seu prédio durante os dias destinados ao julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados. O caso investiga uma suposta trama golpista que visava anular as eleições de 2022.

O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, agendou as sessões para os dias 25 e 26 de março, com dois encontros na primeira data, às 9h30 e 14h, e um terceiro na manhã do dia seguinte.

Para essas datas, a expectativa é de um reforço significativo da Polícia Militar na Praça dos Três Poderes, além de um esquema de segurança especial para o julgamento. O STF está em diálogo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para implementar um planejamento adequado.

A Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Polícia Judicial do STF estão colaborando para definir um protocolo específico de atuação conjunta para os dias do julgamento. Assim que o STF formalizar o pedido, a SSP elaborará o Protocolo de Ações Integradas (PAI).

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A denúncia a ser julgada envolve o chamado núcleo 1, que inclui Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto. Os ministros que participarão do julgamento são Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que decidirão se aceitam ou não as acusações.

Entre os crimes imputados ao ex-presidente e aos demais denunciados estão a liderança de organização criminosa, a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Importante destacar que essa fase do julgamento, que começará em 25 de março, não envolve a análise do mérito da questão. Os ministros não determinarão se os acusados são culpados ou se devem ser presos, mas apenas avaliarão se há indícios mínimos para a continuidade da investigação.

Se o colegiado entender que existem indícios suficientes, a denúncia será aceita, e os acusados se tornarão réus, dando início à ação penal contra eles. A partir desse ponto, começará a fase de instrução do caso, que incluirá depoimentos de réus e testemunhas, além da coleta de provas e informações relevantes.

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