O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,56% em março, com alimentos liderando as elevações.
11 de Abril de 2025 às 10h44

Alimentos que mais impactaram a inflação de março no Brasil são revelados

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,56% em março, com alimentos liderando as elevações.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,56% em março, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado representa uma desaceleração em relação ao aumento de 1,31% observado no mês anterior, mas ainda assim é significativo, principalmente devido à pressão exercida pelo setor de alimentos e bebidas.

Os alimentos foram os principais responsáveis pela elevação do índice, com um aumento de 1,17% em março. Este grupo, que inclui itens essenciais da dieta dos brasileiros, corresponde a 45% da inflação geral. Os produtos que mais impactaram os preços foram a manga, o tomate e o morango, que registraram altas expressivas de 25,64%, 22,55% e 17,82%, respectivamente.

Além dos itens que mais subiram, o ovo de galinha também teve um aumento significativo de 13,13%, refletindo o impacto dos custos de produção e a demanda sazonal. Outros produtos que apresentaram alta foram a laranja-baía (9,49%) e a emulsão de açaí (8,62%).

Por outro lado, alguns alimentos tiveram quedas de preços em março. O inhame, por exemplo, registrou uma baixa de 12,71%, seguido pela laranja-lima com -10,24% e a abobrinha com -7,29%. Esses dados mostram uma variação significativa nos preços dos alimentos, que podem impactar o orçamento das famílias brasileiras.

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Os dados do IPCA são fundamentais para entender a dinâmica econômica do país, refletindo o custo de vida e o poder de compra da população. O índice é utilizado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic, e tem como objetivo medir a variação mensal dos preços de uma cesta de produtos e serviços.

O aumento nos preços dos alimentos é uma preocupação constante, especialmente em um cenário onde a inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 5,48%, superando o teto da meta estabelecida para o ano, que é de 4,50%. Este cenário de inflação elevada pode ter repercussões significativas na economia e no planejamento financeiro das famílias.

O gerente de pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, destacou que as altas temperaturas dos meses de verão influenciaram a colheita de alguns produtos, como o tomate, que teve uma maturação antecipada. Essa situação resultou em uma oferta reduzida, pressionando os preços para cima.

Com a alimentação fora do domicílio também apresentando aumento, os preços de refeições e bebidas em restaurantes subiram 0,77% em março, evidenciando a tendência de alta nos custos de vida. Os subitens refeição e café também mostraram variações significativas, com aumentos de 0,86% e 3,48%, respectivamente.

O cenário atual exige atenção tanto dos consumidores quanto dos formuladores de políticas econômicas, pois a inflação, especialmente nos alimentos, pode afetar a qualidade de vida e o poder de compra da população. O acompanhamento contínuo dos índices de preços é essencial para entender as tendências e preparar estratégias adequadas para enfrentar os desafios econômicos que se apresentam.

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