O Ministério Público denunciou o empresário por declarações ofensivas à deputada durante a corrida eleitoral de 2024 em São Paulo.
15 de Abril de 2025 às 07h30

Promotor acusa Pablo Marçal de atacar honra de Tabata Amaral em campanha

O Ministério Público denunciou o empresário por declarações ofensivas à deputada durante a corrida eleitoral de 2024 em São Paulo.

O promotor de Justiça Cleber Masson apresentou, nesta segunda-feira (14), uma denúncia contra o empresário Pablo Marçal, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, por declarações consideradas ofensivas à deputada Tabata Amaral (PSB-SP) durante a campanha eleitoral de 2024. Segundo a acusação, Marçal imputou à parlamentar o "abandono do pai em seu leito de morte", com o objetivo de prejudicar sua imagem perante os eleitores.

A declaração polêmica foi feita em um podcast no dia 4 de julho, quando Marçal afirmou: “Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo.”

De acordo com o promotor, a intenção de Marçal era "solapar a reputação da adversária" e, assim, conquistar votos que poderiam ser destinados a ela. A fala repercutiu amplamente nas redes sociais, acumulando mais de 850 mil visualizações, além de diversas menções na imprensa.

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Na denúncia, Cleber Masson solicita à Justiça a fixação de um valor mínimo para a reparação dos danos causados à deputada, conforme previsto no artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal. O promotor enfatiza que a conduta de Marçal, realizada por meio de plataformas digitais, visava fins de propaganda eleitoral.

Até o momento, Pablo Marçal não se manifestou publicamente sobre a denúncia. A situação levanta discussões sobre os limites da campanha eleitoral e a responsabilidade dos candidatos em suas declarações.

A repercussão do caso destaca a importância de um debate saudável e respeitoso durante o período eleitoral, especialmente em um cenário político tão polarizado como o atual.

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo segue acompanhando o caso, que pode ter desdobramentos legais significativos para o ex-candidato.

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