Após aprovação pela Anvisa, imunizante pode ser integrado ao Programa Nacional de Imunizações para adultos.
15 de Abril de 2025 às 10h52

Ministério da Saúde solicitará inclusão da vacina contra chikungunya no SUS

Após aprovação pela Anvisa, imunizante pode ser integrado ao Programa Nacional de Imunizações para adultos.

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou que solicitará a inclusão da vacina contra chikungunya no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão vem após a aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira, 14 de abril de 2025.

A vacina, desenvolvida pelo laboratório franco-austríaco Valneva em parceria com o Instituto Butantan, é a primeira autorizada no Brasil para a prevenção da chikungunya. O pedido de registro foi submetido à Anvisa em dezembro de 2023 e, agora, a inclusão no SUS será encaminhada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por avaliar novas tecnologias para a rede pública de saúde.

Se a incorporação for aprovada e houver capacidade de produção, a vacina deverá ser disponibilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para adultos a partir dos 18 anos. A expectativa é que a vacina comece a ser distribuída nos postos de saúde em todo o país, aumentando o acesso à população.

Os estudos clínicos de fase 3, realizados no Brasil e nos Estados Unidos, comprovaram a eficácia do imunizante. No estudo conduzido no Brasil, 98,8% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes contra o vírus, evidenciando uma forte resposta imunológica e um perfil seguro.

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Além disso, o Instituto Butantan já está trabalhando em uma segunda versão da vacina, que será formulada, liofilizada e rotulada no Brasil. Essa iniciativa visa reduzir custos e ampliar o acesso ao imunizante através do SUS.

A chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da zika. A enfermidade provoca febre alta e dores intensas nas articulações, que podem evoluir para quadros crônicos, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes.

Desde a introdução do vírus no Brasil em 2014, a chikungunya tem se espalhado por todos os estados. Até 14 de abril de 2025, o Ministério da Saúde registrou 68,1 mil casos da doença e 56 mortes confirmadas.

Com a inclusão da vacina no SUS, espera-se um avanço significativo na prevenção da chikungunya, uma doença que tem impactado a saúde pública no Brasil. O governo brasileiro busca, assim, fortalecer as medidas de combate a essa e outras arboviroses que afetam a população.

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