
França anunciará reconhecimento do Estado da Palestina na ONU em setembro
Emmanuel Macron destaca a importância de garantir a paz e a desmilitarização do Hamas durante a Assembleia Geral da ONU.
O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou que o país reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro em Nova York. A decisão, que representa um marco nas relações internacionais, foi anunciada por Macron em uma postagem nas redes sociais, onde enfatizou a necessidade de um compromisso histórico com a paz no Oriente Médio.
“Fiel ao compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina. Farei um anúncio solene na Assembleia Geral da ONU em setembro”, declarou Macron. O presidente francês ressaltou que a urgência atual é a de pôr fim à guerra em Gaza e fornecer assistência humanitária à população civil afetada pelo conflito.
Macron também destacou a importância de garantir a desmilitarização do movimento palestino Hamas, assim como a segurança e a reconstrução da Faixa de Gaza. “Precisamos construir o Estado da Palestina, garantir sua viabilidade e assegurar que, ao aceitar sua desmilitarização e reconhecer plenamente Israel, ele contribua para a segurança de todas as nações no Oriente Médio”, acrescentou.
A decisão da França ocorre em um contexto de crescente pressão internacional para resolver o conflito israelo-palestino, que se intensificou nas últimas semanas. Com a França se preparando para ser o primeiro país do G7 a reconhecer formalmente a Palestina, a expectativa é que essa ação incentive outros países a seguirem o mesmo caminho.


Recentemente, nações como Irlanda, Espanha e Noruega já reconheceram o Estado da Palestina, refletindo uma mudança nas dinâmicas políticas globais em relação ao conflito. O reconhecimento da Palestina por parte da França é visto como uma resposta à crescente insatisfação com a falta de progressos nas negociações de paz e a contínua expansão de assentamentos israelenses em territórios ocupados.
O governo israelense, por sua vez, expressou descontentamento com a decisão da França, considerando-a um apoio ao terrorismo. O vice-primeiro-ministro israelense, Yariv Levin, declarou que tal reconhecimento é uma “ajuda direta ao terrorismo”, enquanto outros líderes políticos em Israel criticaram a iniciativa como um obstáculo ao processo de paz.
Macron também se comprometeu a mobilizar aliados internacionais para contribuir com a paz no Oriente Médio, buscando uma solução que envolva a coexistência pacífica de dois Estados: um palestino e outro israelense. Essa abordagem é apoiada por muitos líderes mundiais, mas enfrenta resistência de setores que defendem uma política mais rígida em relação ao Hamas e à segurança de Israel.
O anúncio de Macron foi recebido com entusiasmo por líderes palestinos, que veem a iniciativa como um reconhecimento de seus direitos e aspirações. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, expressou gratidão pela posição da França e pela busca de um caminho para a autodeterminação do povo palestino.
Com a Assembleia Geral da ONU se aproximando, o mundo aguarda ansiosamente o desdobramento dessa importante decisão e suas implicações para a paz no Oriente Médio. A situação em Gaza continua crítica, e a necessidade de um cessar-fogo imediato é mais urgente do que nunca, à medida que as negociações de paz enfrentam desafios significativos.
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