Recompensa é parte da estratégia dos EUA para combater o narcoterrorismo na Venezuela e envolve altos funcionários do governo.
29 de Julho de 2025 às 17h32

EUA oferecem US$ 25 milhões por informações que levem à prisão de Maduro

Recompensa é parte da estratégia dos EUA para combater o narcoterrorismo na Venezuela e envolve altos funcionários do governo.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (28) uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que possam resultar na prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A iniciativa foi divulgada pela Administração de Repressão às Drogas (DEA), que publicou um cartaz nas redes sociais com a imagem de Maduro e as acusações que pesam sobre ele.

De acordo com o comunicado oficial, Maduro é acusado de ser um dos líderes do Cartel de Los Soles, uma organização criminosa que, segundo as autoridades norte-americanas, está envolvida em atividades de narcotráfico internacional, narcoterrorismo, contrabando de cocaína e fornecimento de armas a grupos criminosos. A DEA destacou que o cartel oferece apoio material a organizações terroristas estrangeiras que representam uma ameaça à segurança dos Estados Unidos, como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa.

“O Cartel de Los Soles é uma organização criminosa sediada na Venezuela, liderada por Nicolás Maduro Moros e outros membros de alto escalão do regime”, diz o comunicado do Departamento de Justiça dos EUA.

Além de Maduro, outros altos funcionários do governo venezuelano também foram incluídos na lista de procurados, como Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa. Cabello é apontado como um dos principais aliados de Maduro e é acusado de estar diretamente envolvido nas atividades do cartel.

A recompensa anunciada faz parte de uma ofensiva dos EUA que se intensificou desde o governo Trump, que já havia classificado o regime de Maduro como um regime criminoso e aliado do narcotráfico internacional. As tensões entre Washington e Caracas aumentaram após as eleições presidenciais de 2024, que foram consideradas fraudulentas pelos EUA e outros países.

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O Departamento de Justiça dos EUA também destacou que Maduro teria coordenado carregamentos de cocaína com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), uma organização que é considerada terrorista pelos Estados Unidos. As autoridades alegam que o Cartel de Los Soles corrompeu instituições venezuelanas, incluindo as forças armadas e o sistema judiciário, para facilitar o tráfico de drogas.

As acusações contra Maduro se intensificaram em um contexto de crescente pressão internacional sobre o regime venezuelano, que enfrenta sanções econômicas e isolamento diplomático. Os EUA têm apoiado a oposição venezuelana em sua luta por eleições livres e justas, reconhecendo o opositor Edmundo González como o legítimo presidente da Venezuela.

Com a nova recompensa, os EUA buscam intensificar a pressão sobre Maduro e seu governo, que já se encontra em uma situação crítica devido à crise econômica e humanitária que afeta a Venezuela. A administração Biden, assim como a anterior, continua a considerar Maduro como um dos principais responsáveis pela desestabilização da região.

Até o momento, o governo da Venezuela não se pronunciou oficialmente sobre a nova recompensa oferecida pela DEA, mas a medida reforça o tom de hostilidade nas relações entre Washington e Caracas, aprofundando a crise diplomática entre os dois países.

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