No acumulado do semestre, déficit é de R$ 11,46 bilhões, o melhor resultado desde 2022, impulsionado por queda em precatórios
30 de Julho de 2025 às 15h40

Governo central registra déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho de 2025

No acumulado do semestre, déficit é de R$ 11,46 bilhões, o melhor resultado desde 2022, impulsionado por queda em precatórios

As contas do governo central, que incluem o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registraram um déficit primário de R$ 44,296 bilhões em junho de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Tesouro Nacional.

Esse resultado representa uma piora em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 38,721 bilhões. O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam suas receitas, excluindo os juros da dívida pública.

No acumulado do ano, o governo central apresenta um déficit de R$ 11,46 bilhões, uma melhora significativa em comparação ao saldo negativo de R$ 67,373 bilhões registrado no mesmo período de 2024. Este resultado é o melhor desde 2022, quando o governo alcançou um superávit de R$ 64,8 bilhões no primeiro semestre.

A melhora nas contas do governo foi impulsionada pela redução no pagamento de precatórios, que correspondem a sentenças judiciais. Neste ano, esses pagamentos totalizaram R$ 31,4 bilhões a menos em comparação ao ano anterior. O Tesouro Nacional destacou que essa variação se deve ao cronograma de pagamentos, que foi diferente entre 2024 e 2025.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Em junho, a receita líquida do governo, que exclui transferências a estados e municípios, totalizou R$ 169 bilhões, apresentando uma queda real de 0,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em contrapartida, as despesas totais somaram R$ 213,3 bilhões, com um aumento real de 1,6% em comparação a junho de 2024.

No primeiro semestre de 2025, a receita líquida acumulou R$ 1,13 trilhão, com um crescimento real de 2,8%. As despesas totais, por sua vez, somaram R$ 1,14 trilhão, apresentando uma queda real de 2,4% no mesmo período.

Para o ano de 2025, o governo estabeleceu a meta de zerar o déficit primário, permitindo uma variação de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a cerca de R$ 31 bilhões. Essa meta é considerada essencial para garantir a sustentabilidade das contas públicas e o controle da dívida.

Os dados apresentados refletem a busca do governo por um equilíbrio fiscal, com a expectativa de que as receitas sejam equiparadas às despesas ao longo do ano. A equipe econômica continua a trabalhar para ajustar as contas e evitar novos déficits, buscando um superávit primário em anos futuros.

Veja também:

Tópicos: