Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, foi espancada na comunidade da Coreia e deixada desfigurada em frente à casa da família.
19 de Agosto de 2025 às 11h24

Jovem é brutalmente assassinada após recusar convite de traficante no RJ

Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, foi espancada na comunidade da Coreia e deixada desfigurada em frente à casa da família.

A jovem Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, foi brutalmente assassinada na madrugada de domingo (17/8) na comunidade da Coreia, em Senador Camarás, na zona oeste do Rio de Janeiro. O crime ocorreu após Sther se recusar a sair de um baile funk acompanhada de um traficante identificado como Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, que é apontado como chefe do tráfico na região.

Testemunhas relataram que a jovem foi agredida de forma violenta e deixada gravemente ferida em frente à sua residência. A família, ao encontrar Sther, imediatamente a levou ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, onde ela chegou sem vida.

Bruno da Silva Loureiro, o Coronel, possui um extenso histórico criminal, incluindo acusações de tráfico de drogas, homicídio e formação de quadrilha. Ele é associado ao Terceiro Comando Puro (TCP) e, segundo informações da polícia, costumava se esconder em áreas como o Complexo da Maré, mas recentemente voltou a circular por comunidades da Zona Oeste, como a Vila Aliança e a Coreia.

Familiares de Sther relataram que a jovem estava em um momento de conquistas pessoais, incluindo a obtenção da carteira de habilitação e planos de mudança para um novo apartamento. Um dia antes do crime, Sther visitou seu irmão preso e expressou preocupações sobre estar sendo perseguida.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caso e apurando a participação de Coronel no crime. O caso foi inicialmente registrado na 34ª DP (Bangu) e, posteriormente, encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que está à frente das investigações.

O Instituto de Segurança Pública (ISP) revelou que, apenas no primeiro semestre deste ano, 49 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro. O assassinato de Sther, que se junta a outras mortes ocorridas em julho e agosto, contribui para o aumento alarmante dessa estatística.

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a perda de Sther, compartilhando suas metas e sonhos, que incluíam terminar a escola, fazer cursos, ter um cachorro e focar na academia. Um caderno encontrado pela família continha anotações que expressavam a esperança de que 2025 seria um ano de recomeço, com a frase “Vai ser o melhor ano da minha vida”.

A brutalidade do crime e a motivação por trás dele levantam preocupações sobre a segurança das mulheres em comunidades dominadas pelo tráfico. O caso de Sther é um triste lembrete da violência que muitas enfrentam diariamente.

Veja também:

Tópicos: