Hobby que alia lazer, ciência e bem-estar conquista adeptos e reforça a importância da criação responsável de espécies ornamentais.
22 de Setembro de 2025 às 16h38

Aquarismo ganha espaço e movimenta mercado brasileiro em alta

Hobby que alia lazer, ciência e bem-estar conquista adeptos e reforça a importância da criação responsável de espécies ornamentais.

No Brasil, o aquarismo deixou há muito tempo de ser apenas um passatempo restrito a entusiastas para se consolidar como um segmento em expansão dentro do mercado pet. Lojas especializadas, criadouros e fornecedores de tecnologia atendem hoje a um público cada vez mais exigente, que vê nos aquários não apenas um elemento de decoração, mas também uma fonte de bem-estar e conexão com a natureza. É nesse contexto que o dia 23 de setembro, data oficial em que se celebra o Dia do Aquarismo, ganha relevância como momento simbólico para refletir sobre o impacto e o potencial dessa prática no país.

Um setor que une lazer e conhecimento científico

A criação de aquários exige cuidados que vão além da estética. Trata-se de um hobby que mobiliza conhecimentos de biologia, química e ecossistemas aquáticos, ao mesmo tempo em que oferece benefícios psicológicos. Pesquisas associam a observação de ambientes aquáticos à redução do estresse, ao aumento da concentração e à melhoria da qualidade de vida. Essa combinação de lazer e aprendizado atrai não apenas colecionadores experientes, mas também famílias e jovens iniciantes, ampliando o alcance do setor.

Crescimento impulsionado por novas demandas

Nos últimos anos, o mercado brasileiro de aquarismo acompanhou a evolução do setor pet, que é um dos mais robustos do mundo. O avanço do comércio eletrônico facilitou o acesso a equipamentos modernos, desde sistemas de filtragem e iluminação de baixo consumo até soluções de automação que monitoram parâmetros da água em tempo real. A tendência de incorporar aquários a projetos arquitetônicos e corporativos também contribuiu para impulsionar a procura, reforçando o aquarismo como um elemento de design e bem-estar em ambientes diversos.

Desafios de uma prática em profissionalização

Apesar do cenário positivo, o segmento enfrenta obstáculos que exigem maior estruturação. A logística de transporte de peixes vivos e plantas ornamentais é um dos pontos críticos, já que o processo demanda técnicas cuidadosas para evitar perdas e impactos no bem-estar animal. Outro desafio está no custo elevado de manutenção, que envolve iluminação adequada, filtragem eficiente e insumos especializados. Além disso, as regras ambientais, cada vez mais rigorosas, exigem que lojistas e criadores se adequem a normas sobre captura, reprodução e comércio de espécies nativas e exóticas, em um esforço para conciliar mercado e sustentabilidade.

Potencial para inovação e sustentabilidade

A crescente valorização de práticas sustentáveis abre espaço para inovação. A produção nacional de espécies ornamentais pode reduzir a dependência de importações, ao mesmo tempo em que preserva a biodiversidade local. Soluções tecnológicas, como filtros de maior eficiência energética, iluminação LED e sistemas automatizados, apontam para um futuro em que aquarismo e consciência ambiental caminhem juntos. Nichos como aquários marinhos, aquascaping e nanoaquários também vêm ganhando força, conquistando adeptos dispostos a investir em equipamentos de alta qualidade e espécies raras.

Um mercado em consolidação

Com perspectivas de expansão nos próximos anos, o aquarismo se consolida como mais que um hobby: é um setor que movimenta a economia, promove o aprendizado científico e contribui para a preservação ambiental. O Dia do Aquarismo, celebrado em 23 de setembro, simboliza essa trajetória e reforça a importância de uma prática que une prazer, responsabilidade e inovação. Ao ganhar espaço no cotidiano dos brasileiros, o aquarismo reafirma seu papel como elo entre lazer e consciência ecológica, consolidando-se como parte de um mercado cada vez mais relevante.