
Governo de São Paulo confirma segunda morte por intoxicação por metanol
Estado registra 162 casos de intoxicação por metanol, com 14 confirmações e 148 em investigação; sete mortes estão sob análise.
A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou, neste sábado (4), a segunda morte por intoxicação causada por metanol, uma substância altamente tóxica. A nova vítima é um homem de 46 anos, residente na capital paulista. A primeira morte, ocorrida em 15 de setembro, foi a de um empresário de 54 anos, também morador da cidade.
Atualmente, o estado contabiliza 162 notificações de intoxicação por metanol, sendo 14 casos confirmados e 148 em investigação. Entre os casos suspeitos, há sete mortes que ainda aguardam confirmação laboratorial. As mortes sob análise incluem quatro em São Paulo, duas em São Bernardo do Campo e uma em Cajuru.
O metanol, conhecido como álcool metílico, é um biocombustível utilizado em processos industriais e é impróprio para consumo humano. Sua presença em bebidas alcoólicas é ilegal, mas tem sido associada a casos de adulteração. Os sintomas da intoxicação incluem fala pastosa, reflexos diminuídos, náuseas, vômitos e, em casos graves, perda de visão.


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o país já registrou 127 notificações de intoxicação por metanol, incluindo três mortes fora de São Paulo, em estados como Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul. Diante do aumento dos casos, o ministério anunciou a compra emergencial de antídotos, como etanol farmacêutico e fomepizol, para tratar as vítimas.
As autoridades têm intensificado as investigações sobre a origem das bebidas adulteradas. Até o momento, 41 pessoas foram presas em operações relacionadas à adulteração de bebidas, e 11 estabelecimentos foram interditados em São Paulo e na Grande São Paulo.
A Anvisa também identificou 604 farmácias de manipulação aptas a produzir etanol farmacêutico em caráter emergencial, garantindo cobertura em todas as capitais do país. O governo estadual alerta a população para evitar o consumo de bebidas de procedência duvidosa e recomenda que qualquer pessoa que apresente sintomas após a ingestão de álcool procure atendimento médico imediato.
O uso de metanol em bebidas alcoólicas é um crime que pode resultar em consequências fatais. As autoridades reforçam a importância da notificação imediata de casos suspeitos de intoxicação, para garantir um tratamento rápido e eficaz.
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