
Maduro ataca María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz, chamando-a de 'bruxa demoníaca'
Durante evento em Caracas, ditador venezuelano criticou a opositora após premiação por sua luta pela democracia.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez duras críticas à opositora María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, durante um evento em Caracas no último domingo, 12. A cerimônia, que celebrou o Dia da Resistência Indígena, foi marcada por ataques verbais direcionados à líder da oposição, que foi reconhecida por sua "incansável luta pela democracia na Venezuela".
Em seu discurso, Maduro não mencionou diretamente o nome de Machado, mas a chamou de "bruxa demoníaca da Sayona", referindo-se a uma figura folclórica venezuelana utilizada por seus aliados para satirizar a opositora. "90% da população repudia a bruxa demoníaca da Sayona", afirmou o ditador, reforçando sua retórica contra a adversária.
Além das ofensas, Maduro aproveitou a oportunidade para reafirmar seu compromisso com a estabilidade nacional, afirmando: "Queremos paz, e teremos paz — mas uma paz com liberdade e soberania". O evento ocorreu em um contexto de tensões políticas e sociais na Venezuela, onde a oposição enfrenta um regime autoritário.


María Corina Machado, que tem sido uma voz ativa contra as violações de direitos humanos no país, dedicou seu Nobel da Paz ao "povo sofredor da Venezuela" e ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também foi indicado ao prêmio. Em entrevista à Fox News, ela declarou que "Trump merece o prêmio" por suas ações decisivas em prol da liberdade na Venezuela.
A Casa Branca criticou a decisão do comitê do Nobel, alegando que a escolha de Machado coloca a política acima da paz. O governo dos EUA tem sido um crítico ferrenho do regime de Maduro, acusando-o de liderar um cartel de narcotráfico e de violar os direitos humanos.
O ambiente político na Venezuela continua polarizado, com Machado sendo vista por seus apoiadores como uma líder corajosa e incorruptível, enquanto seus opositores a acusam de estar desconectada das necessidades do povo. O regime de Maduro, por sua vez, tem intensificado sua retórica contra a oposição e os Estados Unidos, prometendo resistir a qualquer tentativa de intervenção externa.
Durante seu discurso, Maduro também fez menção a uma nova iniciativa de formar a "Milícia Indígena Bolivariana", convocando a criação de brigadas internacionalistas para defender a Venezuela. "A paz vencerá", disse ele, desafiando as potências ocidentais e reafirmando sua posição de resistência.
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