
EUA realizam ataque a barco na Venezuela e matam seis supostos traficantes, diz Trump
Presidente americano confirmou ataque em águas internacionais, alegando que vítimas estavam envolvidas em narcotráfico.
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 14, a realização de um ataque militar contra um barco supostamente envolvido no tráfico de drogas na costa da Venezuela, resultando na morte de seis indivíduos, que segundo ele, eram narcoterroristas.
Em uma postagem em sua rede social, a Truth Social, Trump afirmou que a ação foi realizada após a confirmação da inteligência de que a embarcação estava contrabandeando narcóticos e estava ligada a redes narcoterroristas. “O barco estava navegando em uma rota conhecida por essas organizações”, destacou o presidente.
Trump também divulgou um vídeo em preto e branco que mostrava a embarcação no mar antes de ser atingida por um míssil, resultando em sua destruição completa.
“A operação foi conduzida em águas internacionais, e nenhum membro das Forças Armadas dos EUA ficou ferido”, acrescentou Trump, enfatizando que a ação é parte de uma estratégia mais ampla de combate ao narcotráfico na região.


A declaração do presidente ocorre em um contexto de crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela. O governo americano já havia realizado outros ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas nos últimos meses. O primeiro desses ataques, ocorrido em 2 de setembro, resultou na morte de 11 pessoas, supostamente ligadas à quadrilha criminosa conhecida como “Tren de Aragua”.
A ONU condenou as ações dos EUA, caracterizando-as como execuções extrajudiciais, ressaltando que os ataques a pequenos barcos em águas internacionais levantam preocupações sobre os direitos humanos e a legalidade das operações militares.
O governo Trump defende suas ações como necessárias para combater o narcoterrorismo, alegando que grupos como o “Tren de Aragua” representam uma ameaça significativa à segurança regional.
Recentemente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, teria oferecido ao governo dos EUA uma abertura econômica em troca de evitar intervenções militares, mas as negociações não avançaram e as relações diplomáticas entre os dois países continuam tensas.
Com o aumento das operações militares na região, a comunidade internacional observa atentamente as ações dos EUA, que se comprometem a intensificar o combate ao tráfico de drogas e às organizações criminosas que atuam nas águas da América do Sul.
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