As prisões ocorreram em Paris, mas as joias, avaliadas em mais de R$ 550 milhões, continuam desaparecidas.
30 de Outubro de 2025 às 09h40

Cinco novos suspeitos são detidos por envolvimento no roubo de joias do Louvre

As prisões ocorreram em Paris, mas as joias, avaliadas em mais de R$ 550 milhões, continuam desaparecidas.

Cinco novos suspeitos de envolvimento no roubo das joias do Museu do Louvre, ocorrido no dia 19 de outubro, foram detidos na noite de quarta-feira (29) na região de Paris. A informação foi confirmada pela promotora Laure Beccuau, que também destacou que as joias, com valor estimado em mais de R$ 550 milhões, ainda não foram recuperadas.

Entre os detidos, está o principal suspeito, que já estava sob investigação. Beccuau afirmou que a prisão ocorreu em um contexto de intensificação das investigações após a detenção de dois homens no último sábado (25), que admitiram ter participação no crime e foram formalmente acusados de roubo organizado e associação criminosa.

“Ele já estava no nosso radar”, declarou Beccuau em coletiva de imprensa, referindo-se ao principal suspeito. Apesar das novas prisões, a promotora ressaltou que ainda não há informações sobre o envolvimento dos detidos na noite de quarta-feira.

O roubo, que chocou a França, foi realizado em plena luz do dia, quando ladrões utilizaram um guindaste para acessar o museu. As joias roubadas incluem peças históricas que pertenciam à realeza francesa, e o crime durou cerca de sete minutos, segundo a polícia.

As primeiras detenções ocorreram no sábado, quando dois homens foram capturados com DNA encontrado na cena do crime. Um deles foi preso no aeroporto Charles de Gaulle, enquanto tentava embarcar para a Argélia. A promotora Beccuau afirmou que, embora os dois suspeitos tenham admitido estar “parcialmente envolvidos”, as investigações ainda estão em andamento.

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O Louvre, um dos museus mais visitados do mundo, ficou fechado por três dias após o roubo, mas reabriu com segurança reforçada. O governo francês também ordenou o aumento da segurança em outras instituições culturais do país.

O roubo gerou indignação em todo o território francês, levando autoridades e políticos a se reunirem para discutir a situação. O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, classificou o caso como “deplorável” e afirmou que o incidente prejudicou a imagem do país.

As investigações continuam, com a polícia acreditando que o grupo envolvido no roubo pode ser maior do que os quatro indivíduos que foram filmados durante a ação. Beccuau não descarta a possibilidade de que mais pessoas possam estar envolvidas.

As joias, que ainda estão desaparecidas, são consideradas invendáveis e a promotora fez um apelo para que sejam devolvidas ao museu. “Ainda há tempo para devolvê-las”, afirmou Beccuau, ressaltando a importância da recuperação das peças para a nação.

O caso do roubo no Louvre não apenas expôs falhas na segurança do museu, mas também gerou um debate sobre a proteção de patrimônios culturais na França e a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir futuros incidentes.

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