Novo valor máximo beneficia famílias de baixa renda e busca adequar-se aos custos da construção civil
11 de Novembro de 2025 às 16h43

FGTS aprova aumento no teto de financiamento do Minha Casa Minha Vida para R$ 275 mil

Novo valor máximo beneficia famílias de baixa renda e busca adequar-se aos custos da construção civil

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira, uma proposta do Governo Federal que eleva o valor máximo dos imóveis financiados por famílias de baixa renda no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). A medida busca ampliar o acesso à moradia popular diante do aumento dos custos na construção civil.

Com a nova regra, o teto dos imóveis passa de R$ 264 mil para até R$ 275 mil, variando conforme o porte do município. Essa alteração beneficia diretamente as Faixas 1 e 2 do programa, voltadas a famílias com renda bruta de até R$ 4.700 por mês.

As principais mudanças nos tetos de financiamento são as seguintes:

  • Grandes metrópoles (acima de 750 mil habitantes): o valor máximo sobe de R$ 264 mil para R$ 275 mil, um aumento de 4%;
  • Metrópoles de médio porte (entre 100 mil e 300 mil habitantes): o teto passa de R$ 225 mil para R$ 240 mil, um incremento de 7%;
  • Capitais regionais: o limite sobe de R$ 220 mil para R$ 235 mil, também com um aumento de 7%.

Essa decisão faz parte de um conjunto de medidas de estímulo ao setor habitacional, que visa facilitar o acesso à moradia para famílias de menor renda. É importante destacar que essa ação é distinta das iniciativas voltadas à classe média. Em outubro, o governo já havia aumentado o teto dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

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Segundo o Ministério das Cidades, o reajuste considera o encarecimento dos materiais de construção e busca dar mais fôlego ao setor habitacional. A expectativa é que essa mudança permita que mais famílias se enquadrem nas faixas de subsídio do programa.

A conselheira Ana Paula Lacerda da Silva, membro do Conselho Curador do FGTS, afirmou que essa revisão é resultado de um monitoramento contínuo sobre a pressão dos tetos nas diferentes faixas e regiões, especialmente em municípios entre 100 mil e 750 mil habitantes. “Nossa gestão é muito contínua, semanal, estamos olhando e refletindo. Observamos os quadrantes mais pressionados e propusemos ajustes para assegurar conformidade e equidade na tabela”, declarou.

Além disso, o orçamento para sustentar os novos tetos está alinhado com as medidas propostas, com previsão de R$ 12,5 bilhões em descontos e um orçamento global da habitação popular de R$ 142,1 bilhões, excluindo o Maranhão. Ana Paula garantiu que “o orçamento está compatível com o ajuste dos tetos e da curva que trazemos”, assegurando a expansão sem desequilíbrio fiscal.

Essas medidas visam ampliar significativamente o acesso à moradia popular para as faixas de menor renda e reforçar o caráter inclusivo da política habitacional. Em paralelo, foi lançada uma nova linha de crédito habitacional direcionada à classe média, aumentando o teto de imóveis financiados no SFH.

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