Tornado no Paraná: sétima morte confirmada após devastação em Rio Bonito do Iguaçu
A tragédia em Rio Bonito do Iguaçu resultou em mais uma morte, elevando o total a sete. Entenda as consequências do desastre.
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou, nesta terça-feira (11), a sétima morte relacionada ao tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, localizada no Centro-Sul do estado. A mais recente vítima é José Eronides de Almeida, de 70 anos, que faleceu no último sábado (8) devido a uma insuficiência cardíaca aguda.
Inicialmente, o falecimento de Almeida não foi contabilizado nas estatísticas oficiais, pois o município o classificou como consequência de estresse pós-traumático ligado ao desastre. Após uma reavaliação técnica, a Sesa reconheceu a ligação entre o óbito e o evento climático, incluindo-o no balanço de vítimas.
Com essa atualização, o total de mortes causadas pelos tornados que atingiram o Paraná chega a sete: seis em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava, onde o fenômeno foi classificado como F2 na escala Fujita, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
A lista das vítimas fatais inclui:
- José Neri Geremias, 53 anos (Guarapuava)
- José Gieteski, 83 anos
- Adriane Maria de Moura, 47 anos
- Claudino Paulino Risse, 57 anos
- Jurandir Nogueira Ferreira, 49 anos
- Julia Kwapis, 14 anos
Desde a passagem do tornado, 835 pessoas receberam atendimento médico, com 20 delas ainda internadas. A maioria dos internados está em Guarapuava, onde 11 pacientes estão em tratamento, além de quatro no Hospital São Vicente de Paulo e sete no Hospital Santa Tereza. Em Laranjeiras do Sul, há seis pacientes hospitalizados, enquanto outros três permanecem no Hospital Universitário de Cascavel.
O tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu foi classificado como F3 na escala Fujita e também afetou o município vizinho de Porto Barreiro, embora com menor intensidade. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 90% da área urbana de Rio Bonito do Iguaçu foi severamente danificada, resultando na destruição de centenas de residências e compromissos em estruturas públicas.
A tragédia, que ocorreu na tarde da última sexta-feira (7), deixou um rastro de destruição e, além das mortes, mais de 800 pessoas ficaram feridas. O governo estadual anunciou um repasse de R$ 50 milhões do Fundo Estadual de Calamidade Pública (Fecap) para ajudar na reconstrução da cidade. A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) também aprovou uma verba adicional de R$ 3 milhões, além de um projeto que permite o pagamento direto de indenizações de até R$ 50 mil por residência afetada.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está no município para orientar os moradores e facilitar a antecipação de benefícios assistenciais para aqueles que tiveram sua renda comprometida pela tragédia. Enquanto isso, o governo estadual e órgãos de assistência social continuam a trabalhar para garantir abrigo, atendimento médico e apoio psicológico às famílias afetadas.
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