Autoridades afirmam que corpo encontrado pertence a homem e não a Penélope, conhecida como 'Japinha do CV'
04 de Novembro de 2025 às 16h22

Polícia Civil do Rio esclarece morte de jovem e nega que seja 'Japinha do CV'

Autoridades afirmam que corpo encontrado pertence a homem e não a Penélope, conhecida como 'Japinha do CV'

A Polícia Civil do Rio de Janeiro negou que a jovem identificada como Penélope, popularmente conhecida como "Japinha do CV" (Comando Vermelho), tenha sido morta durante a megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão no último dia 28. Em nota oficial, as autoridades esclareceram que, na verdade, o corpo que circulou nas redes sociais pertence a Ricardo Aquino dos Santos, um jovem de 22 anos, natural da Bahia, que possuía mandados de prisão em aberto.

A corporação enfatizou que não houve registro de mortes de mulheres durante a operação, que resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais. A imagem que gerou confusão e especulação nas redes sociais mostrava um corpo masculino, vestido com roupas camufladas, que inicialmente foi atribuído a Penélope.

“Diferentemente do que foi divulgado na mídia, não havia nenhuma mulher entre os opositores mortos na operação. O corpo encontrado é de Ricardo Aquino dos Santos, que tinha um histórico criminal e contra quem havia dois mandados de prisão ativos”, informou a polícia.

A família de Penélope chegou a lamentar sua morte em postagens nas redes sociais, compartilhando a imagem do corpo que acreditavam ser dela. No entanto, o nome dela não constou nas listas oficiais de vítimas divulgadas pelo governo do estado.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Após a operação, surgiram rumores de que Penélope estaria viva, com internautas compartilhando vídeos e imagens atribuídas a ela, levantando dúvidas sobre a veracidade das informações sobre sua morte. A polícia ainda não confirmou se essa possível desinformação foi uma estratégia para despistar as autoridades e evitar a captura.

Penélope, conhecida como "Musa do Crime", era vista como uma combatente de confiança do Comando Vermelho e frequentemente publicava conteúdos nas redes sociais que exibiam sua vida ligada ao tráfico, incluindo vídeos e fotos com armas. A sua imagem se tornou um símbolo nas redes, com perfis falsos se passando por ela, acumulando seguidores e promovendo transmissões ao vivo.

A megaoperação, considerada uma das mais letais da história do Brasil, deixou um saldo de 121 mortos, sendo 43 deles com mandados de prisão pendentes. A operação foi planejada por um ano e tinha como alvo líderes do Comando Vermelho, que controlam o tráfico em várias regiões do estado.

Além dos mortos, a operação resultou em ferimentos em ao menos nove pessoas, incluindo três moradores e seis policiais. A polícia apreendeu 118 armas, das quais 91 eram fuzis, e o material recolhido está sendo analisado pelos órgãos de segurança.

O Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto foi fechado temporariamente para receber exclusivamente os corpos da operação, enquanto a Defensoria Pública montou um posto de atendimento para auxiliar as famílias na identificação das vítimas.

Veja também:

Tópicos: