Ygor Daniel Zago e Fernanda Zago foram detidos em Lisboa após investigação sobre combustíveis adulterados.
17 de Novembro de 2025 às 08h24

Casal brasileiro é preso em Portugal por ligação com o PCC e venda de metanol

Ygor Daniel Zago e Fernanda Zago foram detidos em Lisboa após investigação sobre combustíveis adulterados.

A Polícia Judiciária de Portugal prendeu, no último sábado (15), um casal brasileiro em Lisboa, em cumprimento a mandados de prisão internacionais emitidos pelo Brasil. Ygor Daniel Zago, de 44 anos, e sua esposa, Fernanda Zago, de 40 anos, são suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e de liderar um esquema de venda de combustíveis adulterados com metanol.

A investigação teve início após a apreensão de 30 mil litros de metanol em 2023, o que levou as autoridades a descobrir uma organização criminosa estruturada, com uma clara divisão de funções. Segundo a Polícia Judiciária, Ygor Zago era um dos líderes do grupo, responsável por tomar decisões estratégicas e gerir os recursos financeiros da quadrilha.

Durante a operação, foram encontrados na conta bancária de Fernanda valores que, segundo a polícia, são frutos da atividade ilícita. Além disso, veículos de luxo utilizados por outros membros da organização foram localizados, evidenciando a magnitude das operações da quadrilha.

O casal foi apresentado ao Tribunal da Relação de Lisboa, onde aguardará a aplicação de medidas cautelares. A Polícia Judiciária de Portugal informou que ambos podem enfrentar penas de até 12 anos de prisão, caso sejam condenados.

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Ygor Zago, conhecido também pelos apelidos “Pitoco” e “Hulk”, já possui condenação anterior de 29 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele foi preso em 2021, mas obteve habeas corpus para aguardar o julgamento em liberdade.

As investigações indicam que a organização criminosa operava desde 2019, comercializando bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, prática que, segundo o Ministério Público de São Paulo, coloca em risco a saúde pública e a economia, além de envolver corrupção de agentes públicos.

O Ministério Público paulista destacou que a localização de Ygor era desconhecida, o que reforçou a necessidade da prisão cautelar, já que medidas menos severas não seriam suficientes para garantir a ordem pública.

As autoridades portuguesas não se pronunciaram sobre a possibilidade de extradição do casal, e a reportagem busca contato com a defesa de Ygor e Fernanda para mais esclarecimentos sobre o caso.

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