Taxa de 3 euros sobre pequenos pacotes importados na UE começa em julho de 2026
Ministros da Economia da UE aprovam taxa para pacotes abaixo de 150 euros, visando regular importações da China.
A União Europeia (UE) anunciou que, a partir de 1º de julho de 2026, todos os pequenos pacotes importados com valor inferior a 150 euros estarão sujeitos a uma taxa de 3 euros por item. A decisão foi tomada em uma reunião dos ministros das Finanças da UE, realizada na última sexta-feira, 12 de dezembro.
Essa nova tributação surge em um contexto de crescente pressão da França, que recentemente intensificou sua luta contra plataformas de comércio eletrônico como a Shein. O governo francês argumenta que a medida é necessária para conter o volume crescente de pacotes provenientes da China que inundam o mercado europeu.
Até agora, os pacotes com valor inferior a 150 euros estavam isentos de taxas de importação, o que facilitava a entrada de produtos de baixo custo no continente. Com a nova taxa, a UE busca nivelar as condições de competição entre os produtos locais e os importados.
O ministro da Economia da França, Roland Lescure, comentou sobre a importância da medida, afirmando que “a implementação de uma taxa sobre pequenos pacotes é uma vitória significativa para a União Europeia”. Ele destacou que a ação é um passo concreto para proteger o mercado único europeu e seus consumidores.
Além da taxa de 3 euros, há a possibilidade de que esse valor se some a uma taxa adicional de 2 euros, já prevista em um projeto de lei de finanças para 2026. Essa combinação de taxas poderá impactar ainda mais o custo de importação de produtos de baixo valor.
Os ministros da Economia da UE concordaram que a nova taxa será uma ferramenta essencial para regular o comércio eletrônico, especialmente em um cenário onde as compras online se tornaram cada vez mais populares entre os consumidores europeus.
Com a aprovação da taxa, a expectativa é que haja uma mudança significativa no comportamento de compra dos consumidores, que poderão repensar suas opções ao adquirir produtos de plataformas internacionais. A medida também visa incentivar o consumo de produtos locais, fortalecendo a economia da região.
As autoridades europeias estão cientes de que a implementação da nova taxa pode gerar reações variadas entre os consumidores e o setor de comércio eletrônico. No entanto, acreditam que a proteção do mercado interno é uma prioridade diante da crescente concorrência externa.
Os detalhes sobre como a taxa será aplicada e os mecanismos de fiscalização ainda estão sendo discutidos, mas a expectativa é que as novas regras entrem em vigor conforme o cronograma estabelecido.
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