A greve, que busca melhores condições de trabalho, afeta milhares de visitantes do museu mais famoso do mundo.
15 de Dezembro de 2025 às 10h31

Funcionários do Louvre entram em greve e fecham museu em Paris nesta segunda-feira

A greve, que busca melhores condições de trabalho, afeta milhares de visitantes do museu mais famoso do mundo.

O Museu do Louvre, localizado em Paris, está fechado nesta segunda-feira (15) após os funcionários votarem a favor de uma greve que reivindica melhores condições de trabalho e salários. A paralisação, que conta com o apoio de cerca de 400 trabalhadores, foi anunciada por representantes sindicais e ocorre em um momento crítico para o museu, que ainda se recupera de um roubo de joias ocorrido em outubro.

Na entrada do museu, um cartaz informava aos visitantes que a abertura estava adiada, com a promessa de que as condições para uma possível reabertura seriam comunicadas o mais breve possível. A decisão pela greve foi tomada em uma votação unânime entre os funcionários, que expressaram suas preocupações em relação ao que chamam de "condições de trabalho deterioradas" e "recursos insuficientes".

Os sindicatos CGT e CFDT, que representam os trabalhadores, destacaram que a experiência de visitar o Louvre se tornou uma "pista de obstáculos" devido à superlotação e à falta de pessoal. O museu, que recebe milhões de visitantes anualmente, enfrenta desafios significativos em sua operação, especialmente após o roubo de joias da Coroa francesa, avaliado em mais de 100 milhões de dólares, que ocorreu em outubro.

Além do roubo, o Louvre também lidou com problemas de infraestrutura, incluindo um recente vazamento de água que danificou centenas de obras da biblioteca de Antiguidades Egípcias. A direção do museu, ao ser contatada, informou que estava avaliando quantos funcionários não aderiram à greve para tentar abrir o espaço ao público durante o dia.

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Os visitantes que já tinham ingressos expressaram sua frustração com o fechamento inesperado. Pietra, uma brasileira de 27 anos que está em Paris com a família, lamentou a situação, afirmando estar "muito decepcionada" e que tentaria retornar ao museu em algumas horas.

A greve ocorre após negociações entre os sindicatos e autoridades, incluindo a ministra da Cultura, Rachida Dati, que não conseguiram atender a todas as preocupações dos trabalhadores. As reivindicações incluem a contratação de mais funcionários permanentes, especialmente nas áreas de segurança e atendimento ao público, além de melhorias nas condições de trabalho.

Os sindicatos também se opõem a um aumento de 45% no preço dos ingressos para turistas de fora da União Europeia, que entrará em vigor em janeiro, com o objetivo de financiar reformas no museu. A situação atual do Louvre, que já é o museu mais visitado do mundo, levanta preocupações sobre a capacidade de atender adequadamente ao crescente número de visitantes.

Com a greve em andamento, ainda não há previsão de quando o museu poderá reabrir suas portas ao público, deixando milhares de turistas sem acesso a uma das principais atrações culturais do mundo.

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