Pesquisa aponta que 54% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro errou ao indicar Flávio

Uma pesquisa realizada pela Genial/Qaust e divulgada nesta terça-feira (16) revela que 54% dos brasileiros consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro cometeu um erro ao indicar seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato à Presidência da República em 2026. A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 14 de dezembro e ouviu 2.004 pessoas, apresentando uma margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

Do total de entrevistados, 36% acreditam que a escolha foi acertada, enquanto 10% não souberam ou não quiseram opinar sobre a decisão. O levantamento também questionou os participantes sobre suas intenções de voto em relação à candidatura de Flávio. Os resultados mostraram que 62% afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto 23% consideraram a possibilidade de votar e 13% afirmaram que votariam. Apenas 2% não souberam ou não responderam.

Além disso, a pesquisa revelou que 39% dos entrevistados ainda não tinham conhecimento da indicação de Flávio como candidato no momento da entrevista, o que sugere que a candidatura ainda não está plenamente incorporada ao debate público. Essa falta de reconhecimento pode impactar a aceitação e o engajamento do eleitorado em relação à candidatura.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Quando questionados sobre quem deveria ter sido indicado por Jair Bolsonaro, 19% dos entrevistados apontaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como uma alternativa viável, enquanto 16% sugeriram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e 11% o governador do Paraná, Ratinho Jr.

A pesquisa também avaliou a reação do público em relação ao apoio de Tarcísio de Freitas à candidatura de Flávio Bolsonaro, que gerou divisões entre os entrevistados. O apoio foi considerado um erro por 42% dos participantes, enquanto o mesmo percentual avaliou a decisão como um acerto.

O levantamento ainda abordou as candidaturas de outros governadores, como Ronaldo Caiado (GO) e Romeu Zema (MG), que decidiram manter suas próprias candidaturas à Presidência. A maioria dos entrevistados considerou que ambos acertaram ao não recuar, o que reflete um cenário de fragmentação no campo da direita para as eleições de 2026.

Com a proximidade das eleições, a pesquisa Genial/Qaust traz à tona a complexidade da situação política atual e os desafios enfrentados por Flávio Bolsonaro para conquistar a confiança do eleitorado. A escolha do senador como candidato à Presidência é vista com ceticismo por uma parcela significativa da população, o que pode influenciar a dinâmica eleitoral nos próximos meses.