A empresa de Elon Musk lança ensaio clínico que visa permitir que pessoas com deficiência manipulem dispositivos mecânicos.
26 de Novembro de 2024 às 17h13

Neuralink inicia estudos para controlar braços robóticos com implantes cerebrais

A empresa de Elon Musk lança ensaio clínico que visa permitir que pessoas com deficiência manipulem dispositivos mecânicos.

A Neuralink, startup de implantes cerebrais fundada por Elon Musk, anunciou o início de um estudo inovador que busca possibilitar que indivíduos com deficiências motoras controlem braços robóticos por meio de um chip cerebral. O ensaio, denominado Convoy, está em estágio inicial e representa um avanço significativo na aplicação de tecnologias de interface cérebro-computador (BCI).

Segundo a empresa, o objetivo é que os pacientes implantem o dispositivo N1 em seus cérebros, permitindo-lhes manipular um braço robótico de assistência experimental. "Estamos animados em anunciar a aprovação e o lançamento de um novo estudo de viabilidade para estender o controle de BCI usando o implante N1 a um braço robótico", afirmou a Neuralink em uma postagem na rede social X.

A interface cérebro-computador (BCI) é uma tecnologia que possibilita que uma pessoa controle dispositivos utilizando apenas suas ondas cerebrais. A Neuralink já realizou implantes de seu dispositivo em pelo menos dois humanos, com o intuito de verificar a segurança e a eficácia da tecnologia. Os testes anteriores demonstraram que os pacientes conseguiam controlar cursores de computador e iPads, e agora a empresa se propõe a um desafio ainda maior: o controle de membros robóticos.

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O estudo Convoy é considerado um ensaio clínico de primeira aplicação em humanos, o que significa que, embora os resultados possam ser promissores, a aprovação de qualquer dispositivo comercial ainda está a anos de distância. Musk destacou que essa tecnologia não visa apenas restaurar a liberdade digital, mas também a liberdade física dos usuários, oferecendo a esperança de uma vida mais independente para pessoas paralisadas.

Além disso, a Neuralink já possui um histórico de inovações, tendo conquistado a aprovação da FDA, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, para a realização de testes em humanos. Em janeiro de 2024, a empresa implantou o primeiro chip cerebral em um ser humano, seguido pelo segundo implante em julho, que permitiu ao paciente controlar dispositivos de videogame e projetar objetos em 3D apenas com o pensamento.

Com essa nova fase de estudos, a Neuralink busca não apenas expandir as possibilidades de interação humana com máquinas, mas também oferecer soluções que podem transformar a vida de milhões de pessoas com limitações motoras. O sucesso desse projeto poderá representar um marco na medicina e na tecnologia, unindo ciência e inovação em prol da inclusão e da qualidade de vida.

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