Neuralink inicia estudos para controlar braços robóticos com implantes cerebrais
A empresa de Elon Musk lança ensaio clínico que visa permitir que pessoas com deficiência manipulem dispositivos mecânicos.
A Neuralink, startup de implantes cerebrais fundada por Elon Musk, anunciou o início de um estudo inovador que busca possibilitar que indivíduos com deficiências motoras controlem braços robóticos por meio de um chip cerebral. O ensaio, denominado Convoy, está em estágio inicial e representa um avanço significativo na aplicação de tecnologias de interface cérebro-computador (BCI).
Segundo a empresa, o objetivo é que os pacientes implantem o dispositivo N1 em seus cérebros, permitindo-lhes manipular um braço robótico de assistência experimental. "Estamos animados em anunciar a aprovação e o lançamento de um novo estudo de viabilidade para estender o controle de BCI usando o implante N1 a um braço robótico", afirmou a Neuralink em uma postagem na rede social X.
A interface cérebro-computador (BCI) é uma tecnologia que possibilita que uma pessoa controle dispositivos utilizando apenas suas ondas cerebrais. A Neuralink já realizou implantes de seu dispositivo em pelo menos dois humanos, com o intuito de verificar a segurança e a eficácia da tecnologia. Os testes anteriores demonstraram que os pacientes conseguiam controlar cursores de computador e iPads, e agora a empresa se propõe a um desafio ainda maior: o controle de membros robóticos.
O estudo Convoy é considerado um ensaio clínico de primeira aplicação em humanos, o que significa que, embora os resultados possam ser promissores, a aprovação de qualquer dispositivo comercial ainda está a anos de distância. Musk destacou que essa tecnologia não visa apenas restaurar a liberdade digital, mas também a liberdade física dos usuários, oferecendo a esperança de uma vida mais independente para pessoas paralisadas.
Além disso, a Neuralink já possui um histórico de inovações, tendo conquistado a aprovação da FDA, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, para a realização de testes em humanos. Em janeiro de 2024, a empresa implantou o primeiro chip cerebral em um ser humano, seguido pelo segundo implante em julho, que permitiu ao paciente controlar dispositivos de videogame e projetar objetos em 3D apenas com o pensamento.
Com essa nova fase de estudos, a Neuralink busca não apenas expandir as possibilidades de interação humana com máquinas, mas também oferecer soluções que podem transformar a vida de milhões de pessoas com limitações motoras. O sucesso desse projeto poderá representar um marco na medicina e na tecnologia, unindo ciência e inovação em prol da inclusão e da qualidade de vida.
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