O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, escolheu Bhattacharya, defensor de uma abordagem alternativa à pandemia, para o NIH.
27 de Novembro de 2024 às 09h27

Trump nomeia Jay Bhattacharya, crítico da Covid-19, para liderar o Instituto Nacional de Saúde dos EUA

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, escolheu Bhattacharya, defensor de uma abordagem alternativa à pandemia, para o NIH.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última terça-feira a nomeação do acadêmico Jay Bhattacharya, da Universidade de Stanford, para o cargo de diretor do Instituto Nacional de Saúde (NIH), a principal entidade pública de financiamento de pesquisas médicas no país, com um orçamento estimado em 47,3 bilhões de dólares.

A escolha de Bhattacharya é significativa, uma vez que ele se destacou como um crítico das políticas adotadas pelo governo americano no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Durante o auge da crise sanitária, ele se juntou a outros acadêmicos na elaboração da Declaração de Great Barrington, que defendia a retomada da vida normal para a população não vulnerável ao vírus.

A nomeação de Bhattacharya ocorre em um contexto em que o NIH se encontra sob a supervisão de Robert F. Kennedy Jr., também escolhido por Trump para liderar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Kennedy já manifestou a intenção de reestruturar a agência, incluindo a demissão de aproximadamente 600 funcionários, o que representa uma parte significativa do quadro de quase 20 mil empregados do NIH.

Além das demissões, Kennedy tem planos de redirecionar o foco das pesquisas do NIH, priorizando o desenvolvimento de tratamentos para doenças crônicas, como diabetes, em detrimento das doenças infecciosas, que incluem a Covid-19.

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Bhattacharya, que possui um doutorado em Economia pela Universidade de Stanford, também enfrentou controvérsias, tendo processado o governo dos EUA por alegações de que houve pressão para censurar suas opiniões em plataformas de mídia social.

O NIH, sob a direção de Bhattacharya, terá a responsabilidade de supervisionar 27 institutos e centros que conduzem pesquisas em diversas áreas, desde o desenvolvimento de vacinas até a busca por novos medicamentos.

O Dr. Anthony Fauci, que foi o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e atuou na força-tarefa de combate ao coronavírus, frequentemente se tornou alvo de críticas por suas divergências em relação às políticas de Trump, o que gerou pedidos de demissão por parte de alguns membros do partido republicano.

Com a nova administração, a expectativa é que as diretrizes do NIH passem por mudanças significativas, refletindo a visão de seus novos líderes sobre a saúde pública e as prioridades de pesquisa.

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