O cronograma inclui lotes destinados a adultos e crianças, com vacinas atualizadas contra a cepa JN.1
29 de Novembro de 2024 às 17h07

Ministério da Saúde deve receber 8 milhões de doses de vacinas contra covid-19

O cronograma inclui lotes destinados a adultos e crianças, com vacinas atualizadas contra a cepa JN.1

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 29, que, nas próximas semanas, receberá mais de 8 milhões de doses da vacina contra a covid-19, tanto para adultos quanto para crianças. Este volume é considerado suficiente para manter os estoques do país abastecidos por até seis meses.

De acordo com o plano de entrega, um lote de 3 milhões de doses será destinado ao público acima de 12 anos, enquanto 2 milhões de doses serão direcionadas a crianças. Além disso, o cronograma prevê a entrega do primeiro lote de vacinas atualizadas contra a cepa JN.1, identificada mundialmente em agosto de 2023. Este lote contará com 3 milhões de doses.

As vacinas atualizadas foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 22, o que permite a sua distribuição imediata. Essas doses fazem parte de um contrato de aquisição que totaliza 69 milhões de vacinas, com validade de dois anos, e serão distribuídas entre os estados conforme a demanda e a capacidade de armazenamento.

“O vírus continua circulando. Isso levou o ministério a alterar a estratégia de vacinação. Como a doença não apresenta um comportamento sazonal, mas está presente durante todo o ano, disponibilizamos as doses de forma contínua”, afirmou Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunização (PNI), em comunicado.

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A divulgação da nova remessa de vacinas ocorre em meio a reclamações de estados e municípios sobre a falta ou a escassez de diversos tipos de imunizantes, incluindo a vacina contra a covid-19. Levantamento realizado entre 11 e 18 de novembro indicou que pelo menos 11 estados e o Distrito Federal relataram a falta de algum tipo de vacina.

Quando questionada sobre a situação, a pasta alegou que não há falta de vacinas e que, sim, enfrentou “desafios momentâneos na distribuição de algumas vacinas devido a problemas com fornecedores e produção limitada global”.

A pesquisa realizada em setembro pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que 64,7% dos 2.415 municípios consultados relataram a falta de vacinas.

Em dezembro, o Ministério da Saúde planeja lançar um painel para monitorar o estoque de vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de aumentar a transparência e a eficiência na distribuição dos imunizantes.

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