Polícia prende membro do PCC suspeito de planejar assassinato de Sérgio Moro
O homem, de 42 anos, foi detido em Itanhaém e é considerado foragido da Justiça; ele tinha documentos falsos e uma arma.
A Polícia Militar de São Paulo prendeu, na noite da última terça-feira (26), um homem de 42 anos suspeito de ser membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de participar de um plano para sequestrar e assassinar o senador Sérgio Moro. A prisão ocorreu em um sítio localizado em Itanhaém, no litoral paulista.
O detido, que já era considerado foragido da Justiça, é apontado como integrante da cúpula "restrita" da facção, uma das mais violentas do grupo criminoso. Durante a ação, os policiais apreenderam com ele uma arma com numeração raspada, além de documentos falsos.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito teria atuado no levantamento de informações sobre a rotina do senador no Paraná, o que poderia facilitar a execução do plano. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou em suas redes sociais a importância da prisão, que representa um avanço no combate à criminalidade organizada.
As investigações apontam que o PCC já havia tentado concretizar o sequestro de Moro em 2022, durante o período eleitoral. Desde então, a facção teria investido cerca de R$ 3 milhões em seu plano, que incluía o aluguel de imóveis em Curitiba para monitorar o ex-juiz da Lava Jato e sua família. Além de Moro, o promotor Lincoln Gakiya, que investiga a organização criminosa, também era um dos alvos.
O homem preso possui um extenso histórico criminal, com passagens por homicídio, formação de quadrilha, roubo e porte ilegal de arma. Ele estava escondido em um sítio quando foi localizado e detido pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), um batalhão de elite da PM paulista.
A situação do PCC em relação ao senador é alarmante, uma vez que a facção tem se mostrado disposta a retaliar autoridades que atuam contra suas práticas criminosas. Nos últimos meses, várias operações policiais têm sido realizadas para desmantelar planos de ataque contra figuras públicas, refletindo o crescente alerta em torno das ações da organização.
As autoridades continuam a monitorar possíveis ameaças e reforçam a segurança de Moro e de outros alvos em risco, em resposta aos planos de ataque da facção. O caso do homem preso é mais um sinal da persistente atuação do PCC e dos desafios enfrentados pelas forças de segurança no combate à criminalidade.
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