Retrato foi revelado 20 dias após a execução de Vinicius Gritzbach no aeroporto de Guarulhos.
29 de Novembro de 2024 às 12h50

Polícia divulga retrato falado de suspeito de matar delator do PCC em Guarulhos

Retrato foi revelado 20 dias após a execução de Vinicius Gritzbach no aeroporto de Guarulhos.

A Polícia Civil de São Paulo divulgou, nesta sexta-feira (29), o retrato falado de um dos suspeitos de ter assassinado o empresário Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu no dia 8 de novembro, na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Gritzbach foi alvo de uma execução a tiros, presumivelmente por sua colaboração com as autoridades em investigações que envolvem lavagem de dinheiro da facção criminosa. O retrato falado foi apresentado pela polícia após 20 dias de investigações intensas, e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está em busca de informações que levem à identificação do criminoso.

Segundo relatos, Gritzbach estava acompanhado de sua namorada quando foi surpreendido por disparos de fuzil, em plena luz do dia. A execução aconteceu em frente ao Terminal 2 do aeroporto, um local de grande movimentação e visibilidade, o que levanta questões sobre a audácia dos criminosos. Informações preliminares indicam que, após o crime, os suspeitos abandonaram o veículo utilizado na fuga e se dispersaram nas imediações.

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As autoridades já identificaram outros dois envolvidos no crime: Kauê do Amaral Coelho e Matheus Augusto de Castro Mota. Ambos teriam desempenhado papéis cruciais na logística da execução, sendo considerados amigos próximos do delator. A Justiça já decretou a prisão dos suspeitos, que estão sendo procurados por agentes da polícia.

Vinicius Gritzbach, que havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público, estava no centro de uma das maiores investigações sobre o tráfico de drogas em São Paulo. Ele era acusado pelo PCC de ter causado um desfalque de R$ 100 milhões em bitcoins nas finanças da facção. O acordo de delação foi homologado em abril de 2024, e sua colaboração prometia revelar detalhes sobre as operações do crime organizado, incluindo o envolvimento de grandes nomes do futebol.

O empresário, que estava em liberdade desde junho do ano passado, tinha um histórico de envolvimento com o tráfico e criptomoedas, e sua morte foi considerada uma represália por sua delação. A Secretaria da Segurança Pública informou que equipes do DHPP e da Delegacia de Atendimento ao Turista (DEATUR) continuam a investigar o caso e buscam esclarecer as circunstâncias que cercam o assassinato.

A execução de Gritzbach destaca a complexidade e a violência do crime organizado em São Paulo, especialmente em relação ao PCC, que atua com grande poder na região. As investigações estão em andamento e a polícia pede que qualquer informação sobre os suspeitos seja encaminhada para as autoridades.

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