STJ concede liberdade provisória a Nego Di, investigado por estelionato em rifa virtual
Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, obteve liberdade provisória; ele é acusado de fraudes em vendas online.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu, nesta quarta-feira (27), a liberdade provisória a Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di. A decisão foi proferida pelo relator, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ, e garante a Nego Di a liberdade até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado por sua defesa.
Ainda não há uma data definida para a apreciação do recurso, mas a decisão impõe algumas medidas cautelares ao influenciador. Ele deve comparecer periodicamente em juízo para justificar suas atividades e está proibido de mudar de endereço sem autorização judicial. Além disso, Nego Di não poderá se ausentar da comarca sem prévia comunicação ao juízo e terá o passaporte recolhido, além de estar proibido de utilizar redes sociais.
Até o momento, Nego Di permanecia detido na Penitenciária Estadual de Canoas, onde estava preso desde julho, sob acusação de estelionato e lavagem de dinheiro. Ele e seu sócio, Anderson Boneti, são investigados por um esquema que lesou mais de 370 pessoas, resultando em um prejuízo estimado superior a R$ 5 milhões. As vítimas alegam que adquiriram produtos, como eletrônicos, através da loja virtual Tadizuera, mas não receberam os itens comprados.
A apuração realizada pela Polícia Civil indica que Nego Di utilizou sua imagem como influenciador digital para promover as vendas, alcançando um público amplo e, supostamente, enganando consumidores fora do estado do Rio Grande do Sul.
Em um comunicado nas redes sociais, a advogada de Nego Di celebrou a decisão do STJ, afirmando: “Partiu Pecan”, referindo-se à penitenciária onde ele estava detido. A defesa do humorista alega que ele provará sua inocência, apresentando evidências que demonstram a legalidade de seus bens e a natureza lícita de suas atividades financeiras.
O caso de Nego Di ganhou notoriedade após sua participação no Big Brother Brasil em 2021, onde foi eliminado em uma das edições do programa. Desde então, ele tem enfrentado diversas polêmicas, incluindo a divulgação de informações falsas em suas redes sociais, o que resultou em sanções judiciais. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já havia determinado a remoção de conteúdos que promoviam desinformação sobre eventos de enchentes na região.
A situação de Nego Di continua a ser monitorada, e a expectativa é que o julgamento do habeas corpus defina seu futuro legal e a continuidade das investigações contra ele e seu sócio.
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