Ministro da Fazenda estima economia de R$ 70 bilhões em dois anos e promete sustentabilidade fiscal ao país
27 de Novembro de 2024 às 21h28

Fernando Haddad apresenta pacote fiscal com isenção de IR e cortes de gastos

Ministro da Fazenda estima economia de R$ 70 bilhões em dois anos e promete sustentabilidade fiscal ao país

Em um pronunciamento realizado na noite de quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um aguardado pacote de medidas fiscais que visa promover cortes de gastos e a isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil. O anúncio, feito em rede nacional, foi recebido com expectativa por agentes do mercado e analistas econômicos.

De acordo com Haddad, o conjunto de ações está projetado para gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, consolidando o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal. “Essas medidas são essenciais para assegurar que o Brasil mantenha um equilíbrio nas suas contas públicas”, afirmou o ministro durante sua fala.

O novo pacote inclui a elevação da faixa de isenção do IR, que atualmente abrange rendimentos de até R$ 2.259,20 mensais. Essa mudança atende a uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo Haddad, se tornou uma prioridade desde o início de seu terceiro mandato.

Para compensar o impacto fiscal da isenção ampliada, o governo propõe a taxação de lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil mensais, que atualmente estão isentos. “Essa medida não aumentará os gastos do governo, pois aqueles que têm rendimentos mais altos contribuirão mais”, ressaltou o ministro.

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Além disso, o pacote inclui uma série de medidas para controlar os gastos públicos, entre as quais estão: a inclusão da política de aumento do salário mínimo nas limitações do arcabouço fiscal, a proposta de eliminar os chamados “supersalários” e a atualização de dados por beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família.

Haddad também mencionou mudanças nas regras de aposentadorias e pensões dos militares, que têm gerado discussões internas no governo. As medidas, que visam combater privilégios, devem ser enviadas ao Congresso Nacional para aprovação.

O anúncio do pacote fiscal, que era aguardado desde o segundo turno das eleições municipais, ocorreu em um contexto de crescente pressão sobre as contas públicas e a necessidade de restaurar a confiança dos investidores. O ministro expressou otimismo quanto à aprovação das medidas, apesar do calendário legislativo apertado.

Por fim, o mercado financeiro reagiu com nervosismo às notícias, com o dólar alcançando o maior patamar da história, cotado a R$ 5,91. A expectativa é que o pacote fiscal seja um passo crucial para a recuperação da credibilidade fiscal do país.

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