Reuniões no Palácio do Planalto visam aprovar medidas de contenção de despesas até quinta-feira
27 de Novembro de 2024 às 13h09

Lula e Haddad apresentam pacote de cortes de gastos a Lira e Pacheco nesta quarta-feira

Reuniões no Palácio do Planalto visam aprovar medidas de contenção de despesas até quinta-feira

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciam nesta quarta-feira (27) uma série de reuniões no Palácio do Planalto com líderes do Congresso Nacional para apresentar um pacote de contenção de despesas. O objetivo é discutir medidas que visam equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade fiscal do governo.

A primeira reunião está marcada para as 17h, onde Lula se encontrará com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. A expectativa é que, após essa reunião, o pacote seja encaminhado ao Congresso ainda nesta quinta-feira (28).

Além de Lula e Haddad, participarão das discussões os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. A presença de Rui Costa é considerada importante, uma vez que ele poderá contribuir com informações sobre a implementação das medidas propostas.

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O pacote em discussão inclui mudanças significativas nas regras de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma revisão do abono salarial e alterações na política de reajuste do salário mínimo. O governo também propõe novas diretrizes para a previdência e pensões dos militares, além de limitar os chamados “supersalários”, que ultrapassam os tetos estabelecidos pela legislação.

Haddad, que tem evitado compromissos públicos nos últimos dias, se concentrou na organização desta apresentação ao Legislativo. Fontes do governo indicam que a aprovação deste pacote é crucial para evitar um aumento da dívida pública e a consequente elevação dos juros, que impactaria tanto o consumo quanto os investimentos.

A proposta de contenção de gastos já era aguardada há algum tempo e, segundo as informações disponíveis, pode gerar uma economia de cerca de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025 e até R$ 40 bilhões em 2026. As medidas visam não apenas garantir a estabilidade fiscal, mas também restabelecer a confiança dos investidores no país.

O governo se prepara para uma discussão acalorada, visto que as mudanças propostas impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros. Portanto, a comunicação clara e a construção de um consenso com os líderes do Congresso serão fundamentais para o sucesso da iniciativa.

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