Após reunião "definitiva" sobre cortes de gastos, Haddad mantém agenda interna na Fazenda
Um dia após a reunião "definitiva" sobre medidas de austeridade, Haddad não participará de compromissos públicos nesta terça-feira.
Na manhã desta terça-feira, 26, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedicou a compromissos internos na sede do ministério, um dia após a reunião considerada "definitiva" sobre o pacote de cortes de gastos. Apesar da expectativa, não há previsão de compromissos públicos para o ministro por enquanto.
Haddad, que havia sido anunciado como presença confirmada no Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), em Brasília, cancelou sua participação. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura, mas a ausência do ministro destaca a prioridade dada às tratativas internas.
Durante a reunião de segunda-feira, Haddad apresentou detalhadamente a proposta de redução de gastos ao presidente Lula. Ele destacou que ainda precisa apresentar as medidas aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. O agendamento desse novo encontro ficou a cargo da Casa Civil, mas até o momento não há confirmação na agenda do ministro.
O pacote de cortes de gastos proposto inclui alterações significativas nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no abono salarial, e na política de reajuste do salário mínimo, além de mudanças na previdência e pensões de militares. Essas informações foram previamente divulgadas, mas a confirmação do ministro reforça a urgência das medidas.
Além disso, Haddad mencionou que o pacote também abrange modificações no Vale-Gás e a restrição dos chamados "supersalários", que são aqueles que ultrapassam os limites legais estabelecidos. Essa medida é vista como uma tentativa de equilibrar as contas públicas e atender às demandas por austeridade fiscal.
A expectativa é que, apesar das mudanças e discussões internas, o governo avance rapidamente para a formalização dessas propostas no Congresso Nacional. A pressão para que as medidas sejam apresentadas e aprovadas é crescente, especialmente considerando a situação fiscal do país.
Na avaliação da equipe econômica, o tempo perdido em discussões sobre o pacote já é considerado excessivo e a urgência de um anúncio formal se torna cada vez mais evidente. Haddad, por sua vez, expressou otimismo em relação à aprovação das medidas ainda em 2024, destacando a importância de um trâmite ágil no Legislativo.
Em resumo, a reunião "definitiva" sobre os cortes de gastos marca um passo crucial para o governo, mas a implementação das propostas e a comunicação com o Congresso são desafios que ainda precisam ser superados.
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