Ministro da Fazenda afirma que medidas estão definidas, mas dependem do Congresso para o anúncio.
25 de Novembro de 2024 às 19h33

Haddad promete anunciar pacote de corte de gastos após reunião com Lula

Ministro da Fazenda afirma que medidas estão definidas, mas dependem do Congresso para o anúncio.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira que um pacote de corte de gastos será anunciado ainda esta semana. No entanto, a data exata do anúncio está condicionada à disponibilidade dos presidentes da Câmara e do Senado, conforme destacou o próprio Haddad.

Após uma reunião decisiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad afirmou: "A reunião foi definitiva, fechamos o entendimento dentro do governo e o presidente já definiu as últimas pendências." O ministro enfatizou que a redação do pacote está pronta, mas o envio ao Congresso depende do contato do Planalto com os líderes do Legislativo.

O pacote fiscal, que tem sido discutido há várias semanas, visa garantir a viabilidade do arcabouço fiscal e prevê uma série de medidas que exigirão aprovação do Congresso. Entre as propostas, estão ajustes nas regras de aumento do salário mínimo, modificações nas aposentadorias de militares e mudanças no seguro-desemprego.

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Haddad também mencionou que o governo tem como objetivo uma economia significativa nos próximos anos, com estimativas de redução de despesas entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Essas metas foram discutidas em reuniões que contaram com a participação de ministros e economistas do governo.

O pacote deve ser apresentado aos líderes do governo no Congresso antes do anúncio oficial. Haddad e outros membros da equipe econômica estiveram reunidos durante toda a manhã para finalizar os detalhes do pacote, que inclui um pente-fino em programas sociais e uma revisão nos critérios de concessão de benefícios.

Além disso, o governo descartou possíveis alterações no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), embora tenha cogitado utilizar a multa de 40% sobre os depósitos para custear despesas com seguro-desemprego. Contudo, essa proposta foi considerada inviável.

O clima no governo é de expectativa em relação ao impacto que essas medidas poderão ter na economia e na aprovação do pacote pelo Congresso. A articulação política será fundamental para o sucesso das propostas, que buscam não apenas cortar gastos, mas também assegurar a sustentabilidade fiscal do país.

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