Mandados de busca e apreensão são cumpridos contra quatro suspeitos no Rio de Janeiro
28 de Novembro de 2024 às 07h57

Operação do MPRJ mira policiais e agente penitenciário ligados a Rogério Andrade

Mandados de busca e apreensão são cumpridos contra quatro suspeitos no Rio de Janeiro

Na manhã desta quinta-feira, 28 de novembro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Civil iniciaram uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão direcionados a quatro agentes envolvidos com a organização criminosa liderada por Rogério Andrade, um dos maiores bicheiros do estado.

Os alvos da operação são três policiais civis e um agente penitenciário, todos investigados por supostamente integrarem a quadrilha que atua no jogo do bicho e em outras atividades ilícitas. A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Corregedoria, que têm trabalhado em conjunto para desmantelar redes de corrupção e criminalidade dentro das forças policiais.

Rogério Andrade foi preso em 29 de outubro, após uma denúncia do GAECO relacionada ao homicídio de Fernando de Miranda Iggnacio. Desde então, ele se encontra em um presídio federal de segurança máxima, no Mato Grosso do Sul, após ser transferido em 12 de novembro.

A operação desta quinta-feira abrange as localidades de Bangu, Realengo, Taquara e Vargem Pequena, onde as investigações apontam a atuação dos suspeitos em esquemas de jogos de azar, especificamente caça-níqueis, na Zona Oeste do Rio. Além disso, os investigadores apuraram que os policiais poderiam estar envolvidos em práticas de liberação de presos em troca de pagamentos ilícitos.

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Os mandados foram solicitados ao Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital, que autorizou as buscas em resposta a um inquérito que se iniciou a partir da quebra de sigilo de um celular apreendido em 2018, durante a segunda fase da operação Quarto Elemento.

A ação conjunta do MPRJ e da Corregedoria visa não apenas desmantelar a organização criminosa, mas também restaurar a confiança da população nas instituições de segurança pública, que têm enfrentado sérios desafios devido à corrupção interna.

Os envolvidos na operação ainda não se manifestaram publicamente, e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) foi contatada para comentar sobre a situação dos agentes, mas não houve retorno até o momento.

Esta reportagem está em atualização e novas informações serão divulgadas à medida que se tornarem disponíveis.

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