Ação investiga possíveis fraudes em contratos públicos e cumpre mandados em diversas localidades do Rio de Janeiro.
26 de Novembro de 2024 às 10h58

MPRJ realiza operação contra fraudes em contratos da Fundação Estadual de Saúde do RJ com delegados envolvidos

Ação investiga possíveis fraudes em contratos públicos e cumpre mandados em diversas localidades do Rio de Janeiro.

Na manhã desta terça-feira, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em colaboração com a Corregedoria da Polícia Civil, deflagrou uma operação visando investigar fraudes em contratos firmados com a Fundação Estadual de Saúde. A ação resultou na execução de 12 mandados de busca e apreensão, incluindo delegados da própria Polícia Civil entre os alvos da investigação.

Os mandados foram autorizados pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organizações Criminosas e estão sendo cumpridos em diversos bairros, como Lagoa, Barra da Tijuca, Engenho Novo, Vila Isabel, Tijuca, Jacarepaguá, Ilha do Governador, Icaraí, além do Centro do Rio e do município de Silva Jardim. Um dos investigados é o ex-chefe da Polícia Civil, delegado Alan Turnowski, conforme informações de programas de notícias locais.

A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, que investiga crimes relacionados à organização criminosa e fraudes em licitações. As investigações indicam que houve direcionamento de contratos públicos em favor de duas empresas específicas: Vidgel Vigilância e Segurança e Vidgel Serviços Terceirizados. Os contratos sob suspeita foram celebrados entre os anos de 2021 e 2022, e envolvem serviços prestados em unidades de saúde, como o Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, o Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, e o Centro Estadual de Diagnóstico por Imagem (CEDI - Rio Imagem), localizado no Centro do Rio.

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Os promotores do Gaeco relataram a possibilidade de que servidores públicos e outros envolvidos tenham se beneficiado indiretamente dos recursos oriundos do esquema criminoso. Em um dos casos investigados, foi identificada uma suposta triangulação financeira que liga as empresas Vidgel ao pai de um dos delegados e ao próprio delegado, indicando um possível repasse financeiro irregular.

A Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) está acompanhando as diligências, garantindo que os direitos e prerrogativas dos envolvidos sejam respeitados durante o processo investigativo.

Com essa operação, o MPRJ busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também coibir práticas ilícitas que comprometem a integridade do serviço público e a confiança da sociedade nas instituições.

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