Profissional é acusado de matar oito pacientes em casos sem justificativa médica; promotores confirmam novas vítimas.
29 de Novembro de 2024 às 13h10

Médico de cuidados paliativos é investigado por suspeita de assassinato em Berlim

Profissional é acusado de matar oito pacientes em casos sem justificativa médica; promotores confirmam novas vítimas.

Um médico de 40 anos, especializado em cuidados paliativos domiciliares, está sob investigação em Berlim, na Alemanha, acusado de ter assassinado oito de seus pacientes. A Promotoria local anunciou, na quinta-feira (28), a descoberta de quatro novas vítimas, ampliando o número total de casos relacionados ao profissional.

De acordo com as autoridades, o médico não apresentava justificativas médicas para as mortes, agindo aparentemente movido apenas por um "desejo de matar". Ele foi preso preventivamente em agosto de 2023, após ser vinculado à morte de quatro pacientes, cujos apartamentos incendiou, possivelmente para eliminar evidências.

A investigação ganhou força com a análise de documentos dos pacientes e exames forenses, que revelaram indícios de outras mortes suspeitas. A primeira vítima conhecida foi registrada em junho de 2022. Desde então, outros casos foram associados ao médico, incluindo incidentes ocorridos em 2024.

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Entre as vítimas mais recentes, destaca-se um homem de 70 anos, que teria recebido uma dose letal de drogas em janeiro, e uma mulher de 61 anos, que também foi morta em abril do mesmo ano através de um coquetel letal. Além disso, um idoso de 83 anos faleceu em um asilo sob circunstâncias semelhantes.

As quatro novas vítimas, todas mulheres com idades entre 72 e 94 anos, foram identificadas como residentes dos distritos de Neukölln e Treptow. Suas mortes ocorreram entre junho e julho de 2024, aumentando a preocupação sobre a segurança de pacientes sob cuidados paliativos.

O caso gerou uma onda de indignação na população local, que expressa preocupação sobre a confiança em médicos responsáveis por tratamentos domiciliares. Este incidente ressalta a necessidade de uma supervisão mais rigorosa e protocolos mais robustos para proteger pacientes vulneráveis, especialmente os que dependem de cuidados paliativos.

As autoridades de saúde e a comunidade médica estão sendo pressionadas a revisar os procedimentos de vigilância a fim de evitar que situações semelhantes se repitam no futuro. O impacto deste caso está sendo amplamente discutido, levantando questões críticas sobre a ética na prática médica e a responsabilidade dos profissionais de saúde.

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