Promotoria revela que médico teria agido por desejo de matar e incendiado provas das vítimas.
28 de Novembro de 2024 às 10h32

Médico de cuidados paliativos é investigado por morte de oito pacientes em Berlim

Promotoria revela que médico teria agido por desejo de matar e incendiado provas das vítimas.

Um médico responsável pelos cuidados paliativos domiciliares em Berlim está sob investigação por suspeita de ter assassinado oito pacientes. A Promotoria da cidade anunciou, nesta quinta-feira, a descoberta de quatro novas supostas vítimas, ampliando a gravidade das acusações.

Em comunicado, os promotores afirmaram que o suspeito agiu por um "desejo de matar" e que não havia outro motivo para suas ações. O médico, de 40 anos, foi preso preventivamente em 6 de agosto, após a morte de quatro pacientes, cujos apartamentos foram incendiados pelo acusado com a intenção de destruir evidências.

A investigação inicial revelou que a primeira vítima conhecida data de 24 de junho de 2022. Segundo as autoridades, o médico teria administrado uma combinação letal de medicamentos a uma paciente de 70 anos e, em seguida, provocado um incêndio para encobrir o crime.

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Além disso, em 29 de janeiro de 2024, ele é acusado de ter aplicado uma mistura mortal a um homem de 70 anos em sua própria residência, sem qualquer justificativa médica, com a intenção de matá-lo. Outra acusação refere-se a uma mulher de 61 anos, à qual o médico teria administrado um coquetel letal em 4 de abril de 2024, também sem justificativa médica.

No dia 29 de abril de 2024, uma nova morte, a de um homem de 83 anos, foi atribuída ao médico, que utilizou uma mistura de medicamentos em um asilo onde a vítima residia.

As quatro novas vítimas identificadas, cuja morte ocorreu entre 11 de junho e 24 de julho deste ano, eram mulheres com idades entre 72 e 94 anos, residentes nos bairros de Neukölln e Treptow, em Berlim. As investigações continuam a partir da análise dos prontuários médicos e de exames forenses, incluindo a exumação de corpos que levantaram novas suspeitas sobre a conduta do acusado.

O caso levanta sérias questões sobre a ética e a vigilância em torno dos cuidados paliativos, ressaltando a necessidade de um exame mais profundo das práticas médicas e da proteção dos pacientes vulneráveis.

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