Fotógrafo registra rara água-viva gigante no litoral paulista e impressiona internautas
Espécie Drymonema gorgo foi avistada entre São Sebastião e Bertioga; tentáculos medem até 10 metros.
Uma impressionante água-viva da espécie Drymonema gorgo foi avistada nesta semana no litoral norte de São Paulo, especificamente na região entre São Sebastião e Bertioga. O registro foi feito pelo fotógrafo de natureza Rafael Mesquita Ferreira, que compartilhou o vídeo nas redes sociais, atraindo a atenção de internautas.
O fotógrafo, de 39 anos, estava em um barco quando notou a presença do animal marinho. Ele relatou que as condições para mergulho não eram ideais, com a água a uma temperatura de aproximadamente 15°C, o que, segundo ele, pode ter contribuído para o aparecimento das águas-vivas nesta época do ano.
“Eu sou fotógrafo de natureza e saio praticamente todos os dias, mas o mar nem sempre está bom. Neste dia, a água estava muito fria e turva, o que é atípico para a região”, explicou Mesquita. Ele também destacou que, ao avistar o animal, inicialmente pensou que se tratava de uma tartaruga, dada a impressionante dimensão da água-viva.
A Drymonema gorgo é considerada uma espécie rara no litoral paulista, sendo mais comum em Santa Catarina. A água-viva registrada por Mesquita tinha um diâmetro de cerca de 60 cm e tentáculos que podem ultrapassar os 10 metros de comprimento. “Os tentáculos eram maiores que meu barco de 10 metros”, lembrou o fotógrafo.
O vídeo compartilhado na terça-feira, 26, mostra a água-viva rodeada por cardumes de peixes, o que evidencia ainda mais o tamanho do animal. Mesquita, que surfa desde os 9 anos, não teve receio de mergulhar para filmar a criatura, afirmando que já está acostumado a lidar com as queimaduras causadas por águas-vivas.
De acordo com o World Atlas of Jellyfish, a Drymonema gorgo pode chegar a um metro de diâmetro e se alimenta de medusas menores. Essa espécie foi descrita pela primeira vez há 137 anos, com base em observações realizadas em Florianópolis.
Especialistas alertam para os riscos associados ao contato com águas-vivas, que podem causar reações alérgicas e queimaduras. O biólogo Alex Ribeiro, que comentou sobre o avistamento, enfatiza que é importante não tentar tocar ou manipular o animal, pois seus tentáculos possuem células urticantes que podem provocar irritações na pele.
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