Após mais de seis dias sem água, bairros como Flamengo, Coelho Neto e Lapa permanecem com dificuldades de fornecimento
01 de Dezembro de 2024 às 13h03

Desabastecimento de água no Rio afeta Centro, zonas Sul e Norte e Baixada Fluminense

Após mais de seis dias sem água, bairros como Flamengo, Coelho Neto e Lapa permanecem com dificuldades de fornecimento

A crise de abastecimento de água no Rio de Janeiro persiste, afetando diversas regiões, incluindo o Centro, as zonas Sul e Norte, além da Baixada Fluminense. Moradores relatam que, após mais de seis dias sem água, a situação ainda é crítica em bairros como Flamengo, Coelho Neto e Lapa. A interrupção no fornecimento é resultado de uma manutenção programada no Sistema Guandu, realizada pela Cedae, e de reparos emergenciais efetuados pela concessionária Águas do Rio.

Desde a última terça-feira (26), cerca de 20 bairros enfrentam problemas de abastecimento. Embora os reparos tenham sido concluídos na quinta-feira (28), a normalização do fornecimento prometida pela concessionária não se concretizou até a manhã deste domingo (1º), gerando revolta entre os moradores. Muitos expressam sua insatisfação nas redes sociais, como uma moradora que questionou: “Quando será tomada uma providência?”

Em Coelho Neto, um residente também se queixou: “Continuo sem água na minha rua, Agenor Porto, há uma semana. Vai resolver quando?”. Na Lapa, um internauta relatou dificuldades para conseguir água: “Cadê a água? Até hoje meu prédio, na Rua do Riachuelo, está sem água e ainda não conseguimos carro-pipa.”

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Além das dificuldades diárias, a cobrança excessiva por caminhões-pipa tem sido um problema crescente. Moradores denunciaram que os preços cobrados são exorbitantes, chegando a dez vezes o valor normal, e sem nota fiscal, o que agrava ainda mais a situação de quem já enfrenta a falta de água.

No Flamengo, um condomínio importante, que abriga um supermercado e um restaurante, divulgou um comunicado alertando para a gravidade da situação. O aviso informava que os reservatórios do local teriam capacidade apenas para as próximas 24 horas e pediu aos moradores que utilizassem água de forma consciente. Para contornar a escassez, o condomínio adquiriu mais de 200 mil litros de água.

O Sistema Guandu, que inclui a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu e a Elevatória do Lameirão, é responsável por abastecer mais de 10 milhões de pessoas no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Na última sexta-feira (29), o Procon Carioca notificou a Águas do Rio, buscando investigar possíveis infrações ao Código de Defesa do Consumidor. A concessionária tem um prazo de 48 horas para apresentar sua defesa. Em resposta, a empresa afirmou que “irá conhecer os apontamentos e prestará os devidos esclarecimentos ao órgão”.

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