Rio de Janeiro atinge Nível 3 de Calor pela primeira vez e enfrenta falta de água
Temperaturas elevadas e problemas no abastecimento preocupam moradores da capital fluminense nesta quinta-feira (28)
O Rio de Janeiro vive uma situação atípica nesta quinta-feira (28), quando a cidade entrou pela primeira vez no Nível de Calor 3 (NC3) às 12h40. Esse nível é caracterizado por temperaturas que variam entre 36°C e 40°C, com previsão de permanência ou aumento dessas condições por, pelo menos, três dias consecutivos. O alerta foi emitido pelo Centro de Operaçõe Rio, que iniciou a monitorização dos índices de calor em 27 de junho.
Até a quarta-feira, a cidade estava no Nível 2 de calor. Para hoje, a máxima prevista é de 42°C, com a umidade relativa do ar entre 21% e 30%. As condições climáticas permanecem estáveis, com céu variando entre claro e parcialmente nublado, e sem previsão de chuvas. Os ventos devem ser fracos a moderados.
Além do calor intenso, a população enfrenta ainda outro desafio: a falta de água. Desde o início da semana, bairros da zona sul, como Botafogo e Leme, além de regiões do centro e da zona norte, como a Tijuca, estão sem abastecimento. A situação se agrava na Baixada Fluminense, onde municípios como Duque de Caxias e Nova Iguaçu também sofrem com a escassez.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) informou que o abastecimento foi afetado por uma manutenção programada no sistema Guandu, que paralisou o fornecimento na terça-feira. Embora o sistema tenha voltado a operar com 100% de sua capacidade, a normalização do abastecimento depende das concessionárias responsáveis pela distribuição de água na capital.
Além da manutenção, um rompimento de adutora em Rocha Miranda, na zona norte, contribuiu para o problema. O incidente resultou na morte de uma mulher de 80 anos e causou danos em várias residências, afetando ainda mais o abastecimento em diversos bairros.
A Cedae assegura que os reparos na adutora foram concluídos, mas muitos bairros ainda enfrentam dificuldades. A previsão é que a regularização do fornecimento possa levar até 72 horas, especialmente nas áreas mais elevadas e nas extremidades das redes de distribuição.
Diante dessas condições adversas, a prefeitura recomenda que a população aumente a ingestão de líquidos, evite a exposição direta ao sol, especialmente entre 10h e 16h, e consuma alimentos leves. O uso de protetor solar e a proteção das crianças com chapéus são igualmente aconselhados.
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